Facebook é inundado de perfis fake do suspeito de esfaquear Bolsonaro
Após ter sido divulgada a identidade do suspeito de esfaquear no abdômen o candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL), o Facebook foi inundado com diversas contas falsas. Identificado como Adélio Bispo de Oliveira, ele foi preso em flagrante.
Tão logo eram criados, os perfis falsos rapidamente eram tirados do ar, conforme constatou a reportagem do UOL Tecnologia. Até a publicação deste texto, 11 perfis com o nome de Oliveira podiam ser acessados no Facebook. Em poucos minutos, as contas já tinham centenas de amigos.
O perfil original com pouco mais de 1.000 amigos, já colecionava mais de 9,5 mil seguidores duas horas após Oliveira ter sido preso. A última postagem desta conta é do dia 3 de agosto. Nela, Oliveira tratava dos eleitores aptos a votar em Santa Catarina. Após a agressão, as publicações feitas por Oliveira em sua conta oficial atraíram milhares de comentários, boa parte deles com ofensas e ameaças de morte.
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Contatado pelo UOL Tecnologia, o Facebook não confirmou se tem agido proativamente para derrubar os perfis falsos ou se tem atendido às denúncias. A rede social informa apenas que proíbe a criação de contas por alguém que tente se passar por outra pessoa.
"O Facebook não permite contas falsas ou pessoas tentando se passar por outras, e está sempre trabalhando para garantir que seus Padrões da Comunidade sejam respeitados", afirma.
O esfaqueamento de Bolsonaro tomou outras redes sociais. No Twitter, o ataque foi mencionado 808 mil vezes em duas horas, segundo a Fundação Getúlio Vargas. O assunto foi o mais comentado no site em 12 países, da Argentina à Espanha, passando por Estados Unidos e Bahrein.
Esfaqueado em comício
O candidato foi levado para a Santa Casa de Juiz de Fora. Por volta das 17h30, o hospital informou que "o paciente Jair Messias Bolsonaro deu entrada no hospital por volta das 15h40 com uma lesão por material perfurocortante na região do abdômen. Ele foi atendido na urgência, passou por um exame de ultrassonografia e agora está no centro cirúrgico".
Bolsonaro é o primeiro colocado nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência.
Segundo um de seus filhos, o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), o presidenciável "sofreu um atentado" com "uma estocada com faca na região do abdômen".
O superintendente de Investigação e Polícia Judiciária da polícia Civil de Minas Gerais, Carlos Capristrano, disse que os policiais tiveram dificuldade em retirar o suspeito do crime do local porque apoiadores de Bolsonaro tentavam agredi-lo.
Desde o fim de julho, Bolsonaro é escoltado diariamente por uma equipe da Polícia Federal, garantia concedida aos candidatos à Presidência da República. A Polícia Federal informou que está apurando a ocorrência do fato.
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