Ok, Google! Google Home ganha tela e Pixel agora vem em 3 versões
Novos produtos foram anunciados nesta terça-feira (9) pela Google durante evento em Nova York. O alto-falante inteligente ganhou tela, tornando-se um tipo de "monitor inteligente", e passa a ser chamar Google Home Hub. A empresa também confirmou os recentes vazamentos e apresentou os novos celulares Pixel 3 e 3 XL, além do Pixel Slate, um tablet com teclado destacável.
Ainda não há previsão de chegada desses produtos no Brasil. O Hub já entrou em pré-venda nos EUA por US$ 149 (R$ 554, na conversão direta sem impostos), mesmo valor antigo do alto-falante Google Home (sem tela) no país. O Pixel 3 custa US$ 799 (R$ 2.974) e o XL, US$ 899 (R$ 3.347). Já o Slate, US$ 599 (R$ 2.226).
Para o Brasil, a grande novidade do dia é que o Smart Compose, o recurso do Gmail que cria respostas rápidas e personalizadas para o usuário, está disponível agora em português. A nova versão do Chromecast também virá para o nosso país.
Hub
O Google Home Hub terá integração com o YouTube, para tocar vídeos com comandos de voz, e poderá fornecer informações visuais na tela de 7 polegadas, como as etapas de uma receita ou suas fotos de viagem do Google Fotos.
Desde o começo deste ano, o Google Assistente é o "cérebro" de outros alto-falantes com tela, como Lenovo (Smart Display), JBL (Link View) e LG (ThingQ View WK9). Agora, é a vez do Google Home ganhar o recurso, para concorrer com o Echo Show, monitor da Amazon com a assistente Alexa, que foi atualizado recentemente. O aparelho da Google tem caixas de som com 80 decibéis - ela é capaz de fazer um sonzinho.
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Segundo Rick Osterloh, chefe de hardware da Google, os novos aparelhos foram pensados para que a inteligência artificial organize suas informações.
"Desenvolvemos novas ferramentas que deixam você controlar seus dispositivos e não eles te controlarem. Conseguimos fazer você entender o tempo que você gasta em aplicativos. E providenciamos a pais uma forma de controlar o tempo de uso dos filhos", disse.
Como funciona o alto-falante inteligente?
A linha Google Home possui o assistente virtual Google Assistente, que obedece a comandos de voz. Seus concorrentes são o HomePod da Apple, que usa a Siri, dos iPhones; e o Echo, da Amazon, que usa a assistente Alexa.
Com um aparelho desses, você fala e ele responde com informações: "vai chover?", "quais são as minhas reuniões de hoje?", "que horas o restaurante X abre?", "que filmes estão em cartaz?", "quanto é 2+2?", "que horas são em Nova York?", "quanto está o dólar?".
Outras funcionalidades são rádio, despertador, agenda e secretária. Com tela, esse tipo de assistente ganha mais recurso de mídia, podendo também mostrar vídeos do YouTube e mapas, por exemplo.
Outra grande vantagem desses produtos é interagir com os eletrodomésticos da sua casa e executar tarefas, como acender luzes e termostatos, fazer ligações telefônicas para a família inteira ouvir, checar o que falta na sua geladeira smart, avisar que a porta do freezer ficou aberta, apitar quando terminar o ciclo da máquina de lavar as roupas ou mostrar na sua TV a imagem da babá eletrônica. É a chamada internet das coisas.
A lista de possibilidades é grande e segue crescendo. O Google tem uma página (em inglês) só para descrever todas elas.
Mais de 24 milhões de alto-falantes inteligentes foram vendidas em 2017 nos EUA, segundo o site de análises de mercado "Strategy Analytics".
Surgiu ainda o Home View, uma plataforma de internet das coisas para que o Hub possa controlar e integrar diferentes objetos inteligentes da casa, como os alto falantes, lâmpadas e câmeras.
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Pixel 3
O Google também aproveitou o evento para atualizar sua linha de celulares. O Pixel 3 XL ganhou o polêmico entalhe (oi, iPhone X e XS) na parte superior da tela. Já o "irmão menor", o Pixel 3, vem com uma tela convencional. No visual, ele continua com aquela estranha faixa preta na parte superior traseira.
A tela do Pixel 3 é de 5,4 polegadas de resolução Full HD --o 3 XL, é maior: 6,3 polegadas QuadHD.
Na parte traseira, existe um leitor de digital e a câmera traseira simples de 12 MP, que vem com recursos de inteligência artificial para melhorar a qualidade das imagens no pós-processamento, como ocorreu no elogiado Pixel 2 do ano passado.
A câmera de selfie é dupla, com 8 MP, e, diz o Google, têm um ângulo capaz de captar 184% mais informação do que a do modelo anterior.
Para mostrar a força da câmera do Pixel, o Google fez um projeto com fotógrafos renomados de revistas como "GQ" e "Allure" para que estes usassem o celular em suas fotos de capa.
Os smartphones receberam os recursos Top Shot, uma ferramenta de fotos tipo o Live do iPhone, Night Sight, que melhora as fotografias com pouca iluminação, sem flash, e Playground, que vai colocar personagens tridimensionais nas fotos.
O Pixel usará o Duplex, com um sistema de rastreamento de ligações. Se você não quiser atender, o Google Assistente atenderá, transcreverá a resposta de quem ligou e aí você toma a decisão se atende, desliga ou reporta como spam (telemarketing). "Você nunca mais terá que falar com um assistente de telemarketing", disse a Liza Ma, gerente de produtos da Google.
Ambos os celulares vieram com processador Snapdragon 845 octa-core, 6 GB de memória RAM e 64 ou 128 GB de armazenamento interno, sem entrada para cartão de memória microSD.
Os modelos vieram com fones de ouvido com fio adaptados para a porta USB Tipo-C, já que o Google seguiu o movimento adotado por Apple, Motorola e LG e retirou a entrada de 3,5 mm para fones de ouvido convencionais. E como esperado, os Pixels já vêm com Android 9 Pie de fábrica. Fora isso, o dispositivo agrega as soluções de segurança da marca Titan, além do Digital Wellbeing, com limites de uso para aplicativos e controles de pais.
Já o Pixel Slate é mais um produto do Google para emplacar no mercado de supertablets/híbridos profissionais, como iPad Pro e Surface Pro. Ele aceita um teclado físico destacável, e por dentro vem com até 16 GB de RAM e um processador Intel i7.
* O jornalista viajou convidado pela Google
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