Não, os relógios não mudaram sozinhos para boicotar a eleição
Nos últimos dias, os relógios de vários celulares e também de outros aparelhos mudaram sozinhos e passaram a funcionar 1 hora adiantados. A falha aconteceu por um ajuste incorreto dos sistemas para o horário de verão. Agora, uma falsa mensagem circula pelo WhatsApp pregando que o problema aconteceu para atrapalhar o segundo turno das eleições, que acontece neste domingo (28).
O boato, desmentido pelo UOL Confere, diz que as urnas estão programadas para funcionarem com o horário de verão e, por isso, só armazenariam os votos que feitos até as 16h -- e não 17h, horário de encerramento da votação. Caso você tenha recebido uma mensagem assim, não compartilhe.
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O texto da mensagem quer espalhar a ideia de que a falha foi criada intencionalmente para atrapalhar o segundo turno, mas o mudança no relógio aconteceu porque no ano passado o horário de verão começou no dia 15 de outubro e muitos sistemas, especialmente o da operadora TIM, reproduziram o ajuste automaticamente.
Nos outros casos, o ajuste automático aconteceu durante o fim de semana, na madrugada de sábado para domingo --a mudança nos relógios costuma ser feita no terceiro fim de semana de outubro, mas isso pode variar.
Até os relógios de rua e computadores foram atualizados incorretamente.
Neste ano, o horário de verão entra em vigor oficialmente no próximo dia 4 de novembro.
"A TIM informa que no dia de hoje (15/10) alguns modelos de smartphones tiveram o relógio adiantado erroneamente em uma hora por uma ocorrência de sistema. As ações corretivas já foram tomadas para a normalização do relógio. A TIM lamenta o ocorrido e pede desculpas aos seus clientes pelo inconveniente", explicou por meio de nota, enviada ao UOL Tecnologia.
E a urna eletrônica?
Sobre a urna eletrônica, saiba que nunca é ligada à internet.
A segurança das urnas é colocada questão a cada período eleitoral. Todo mundo tem o direito de questionar, mas antes de acreditar em qualquer afirmação que a desqualifique, é preciso entender como ela funciona.
A chance de um cibercriminoso invadir o sistema por meio do equipamento é nula, exatamente por ele não ser conectada. O sistema também não é abalado por uma possível mudança automática do horário.
https://tecnologia.uol.com.br/noticias/redacao/2018/10/24/cansado-de-lotar-o-celular-com-as-fotos-do-whatsapp-veja-como-resolver.htm
Até hoje nenhuma falha envolvendo a manipulação de votos durante a eleição foi comprovada. Existem várias camadas de segurança existentes, e o equipamento e o sistema operacional passam ainda por testes públicos e qualquer pessoa pode acompanhar.
É impossível afirmar que um sistema eletrônico é 100% seguro, mas existem fatos que comprovam que a tecnologia da urna eletrônica foi desenvolvida para diminuir a chance de algo grave acontecer.
Desconfie de mensagens alarmistas
Especialistas sempre aconselham algumas estratégias em caso do recebimento de mensagens alarmistas como a que está circulando:
- Desconfie de informações chamativas (com letras maiúsculas, pontos de exclamação, etc)
- Desconfie de "notícias emocionais". Ou seja, que causam repulsa, raiva, surpresa, alegria exageradamente.
- Se tiver algum link ou erro de português no texto, fique alerta. A chance de ser um boato é muito grande.
- Ficou na dúvida? Pegue as palavras-chave da mensagem que você leu e faça uma pesquisa com elas no buscador, como o Google. Se o assunto for mesmo verdade, a chance de ele aparecer nos resultados de busca em diferentes sites é bem maior.
- Questione quem encaminhou a mensagem. Pergunte para a pessoa de onde ela recebeu a informação e se ela pesquisou para ver se era verdade.
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