Preço do iPhone mais que duplicou em 11 anos; confira a evolução ano a ano
Quando a Apple lançou em 2007 a primeira versão do revolucionário iPhone, ele tinha uma modesta câmera de 2 MP (que só tirava fotos), 4 GB de armazenamento e uma tela de 3,5 polegadas. O smartphone foi motivo de desdém de concorrentes (alô, Steve Ballmer) por se tratar do celular mais caro do mercado. Custava entre US$ 499 e US$ 599.
Mal sabiam eles que esses números iam mais do que dobrar 10 anos depois, na esteira do sucesso do produto.
Na leva seguinte de aparelhos, a 3G, o preço caiu mais expressivamente, entre US$ 199 e US$ 299, mas você era obrigado a ficar preso a uma operadora de telefonia. A AT&T fez acordo de exclusividade para vender o celular até 2011, subsidiando parte do valor em seus contratos com clientes.
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Só que os smartphones eventualmente chegavam às lojas com uma versão desbloqueada. O iPhone 3G, lançado em 2008, foi vendido sem nenhum vínculo de operadora em 2009, por US$ 599 o modelo mais barato (de 8 GB).
O aumento do preço do celular, no entanto, não foi contínuo, segundo um levantamento do Quartz, que levou em consideração os preços do modelo mais barato (com menos memória interna) de cada ano, ajustado pela inflação. A pesquisa mostrou que, em geral, os preços do iPhone estão em uma curva ascendente, com um salto significativo em 2017.
Com os devidos ajustes inflacionários, o iPhone original é o mais barato, custando US$ 604,59, enquanto o mais caro é o iPhone X, de US$ 1.021,75.
O último lançamento da Apple, o iPhone XS, ficou na segunda colocação, com preço de US$ 999. Seu irmão maior, o XS Max, ficaria na liderança geral, graças ao preço sugerido de US$ 1.099 da versão com 64 GB -- o de 512 GB custa US$ 1449, preço mais de duas vezes maior do que o primeiro celular da linha.
O XR também ficou de fora do cálculo do Quartz, mas figuraria na terceira colocação geral, entre o XS e, surpreendentemente, o iPhone 4S (US$ 722,08), lançado em 2011. O gráfico a seguir mostra a tabela completa, com os preços em dólar.
Sob outros parâmetros
Com os valores subsidiados e sem ajuste da inflação, o Statisa, site especializado em estatísticas, mostrou as "ondas" que o preço do celular da Apple viveram ao longo de 11 anos.
O primeiro modelo é o ponto fora da curva, enquanto o 3G, 3GS e 4 mantiveram a mesma faixa de preço (salto de US$ 199 a US$ 299). Depois deles, veio um salto de US$ 200, que virou o padrão para os iPhones 4S, 5, 5S e 6.
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O 6 Plus inaugurou a categoria dos grandalhões caros, com valores até US$ 200 maior do que a versão mais cara do iPhone 6. Os preços subiram de novo em 2015 com o iPhone 6S (e 6S Plus) e permaneceram no mesmo patamar no ano seguinte com o iPhone 7 (e 7 Plus).
A disparada nos preços veio em 2017, em especial por conta do iPhone X -- o 8 e o 8 Plus ficaram em uma casa próxima à dos celulares do ano anterior. O iPhone XS padrão chegou custando o mesmo do seu antecessor, mas o XS Max elevou o sarrafo de quão caro a Apple pode cobrar por um celular novo.
Se pesou no bolso dos americanos, no dos brasileiros nem se fala. Afinal, um celular de R$ 9.999 é para (muito) poucos.
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