iFood recebe investimento recorde de R$ 1,9 bilhão
A Movile anunciou que o iFood receberá investimento de US$ 500 milhões, o equivalente a R$ 1,9 bilhão, para, segundo seu presidente executivo Fabrício Bloisi, ser "o maior do mundo". O dinheiro virá da própria Movile e de outros fundos que já são seus sócios, como o Naspers e o Innova Capital.
É o maior aporte privado em empresa privada de tecnologia no Brasil
Bloisi
Segundo o executivo, o valor pode crescer ainda mais, porque outros investidores ainda estão decidindo se participam no negócio.
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Tanto a Movile quanto o iFood já valem mais de US$ 1 bilhão desde o começo de 2017. O último grande aporte recebido pela Movile foram os US$ 124 milhões vindos dos fundos de investimento Naspers (sul-africano) e Innova Capital (brasileiro) — este último possui entre seus investidores o bilionário Jorge Paulo Lemann. Nos últimos 12 meses, a companhia havia captado cerca de US$ 270 milhões para alavancar algumas de suas plataformas.
A Movile usou parte desse capital no aporte anunciado nesta terça. Com isso, a empresa investirá US$ 100 milhões e Napster e Innova Capital se comprometem a investir US$ 200 milhões cada uma.
A ideia do aporte é ampliar a infraestrutura do iFood no Brasil e levar novas tecnologias para o aplicativo de delivery de comida. Ou seja, triplicar o número de restaurantes, que hoje é de 50 mil; dobrar o número de entregadores, que hoje é de 120 mil; e dobrar o número de cidades atendidas (hoje são 483 municípios).
Carlos Moyses, CEO do iFood, diz que, diferentemente do que se pode pensar, os pedidos via aplicativo não tiram clientes dos restaurantes. Segundo ele, 80% das solicitações são novas.
A gente está trazendo [para o restaurante] novas pessoas, que estão deixando de cozinhar para passar a fazer compras online. Cozinhar virou 'old fashion'.
Bloisi acrescenta que o iFood cresce 140% ao ano e tem 16 vezes o tamanho do segundo colocado, a Uber Eats. São 390 mil pedidos por dia — a título de comparação, a Grab Hub, maior empresa do gênero nos EUA, faz 416 mil pedidos mensalmente.
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Do lado da tecnologia, a Movile quer fazer do iFood um motor de inovação em inteligência artificial e implantar novas formas de receber pedidos, como via comandos de voz.
"A gente tem um complexo de vira-lata, porque bom mesmo é o que vem da Califórnia. Eu acho que não", diz Bloisi, para quem há motivos para acreditar que o Brasil pode produzir grandes empresas. "A gente entrou tarde na revolução industrial, na internet. E a gente deveria entrar mais cedo na inteligência artificial."
A ideia é dar um banho de inteligência artificial do iFood para melhorar as sugestões de restaurantes e pratos, conforme o que as preferências do cliente em pedidos anteriores. Também está para entrar em funcionamento uma interação entre usuários e os restaurantes por meio de bots. Quando um pedido estiver em andamento, vai dar para acionar o estabelecimento comercial para mudar ingredientes ou alterar detalhes da entrega.
Bloisi já disse em outras oportunidades que a companhia mira o modelo de expansão de empresas chinesas. A ideia, diz a companhia, é perseguir metas mais ambiciosas, como a de atingir valor de mercado em torno de US$ 10 bilhões nos próximos anos.
A Movile é uma das maiores desenvolvedoras de serviços digitais do Brasil e está presente em diversos setores, como:
- delivery e marketplace de comida: iFood, Spoonrocket, SinDelantal (México)
- compras online: Mercadoni (Colômbia, Argentina, México)
- ingressos para eventos: Sympla
- infantil: PlayKids
- automatização de SAC: Wavy
- delivery: Rapiddo
- meio de pagamento: Zoop
- mapas: Maplink
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