Alerta! Lâmpada genérica gasta mais, pode ser tóxica, dar choque e explodir
O barato pode sair caro. É clichê, mas não deixa de ser verdade. A coisa mais comum em muitas cidades brasileiras, principalmente nos centros de comércio popular, é achar lâmpadas de procedência duvidosa para comprar.
Você já viu ou comprou alguma assim? Em geral, elas são mais baratas e são muito parecidas com as lâmpadas "de marca". E até funcionam bem. O problema é que elas escondem alguns riscos.
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O mais simples deles é que a sua conta de luz pode aumentar, segundo especialistas ouvidos pelo UOL Tecnologia. Eles argumentam que não tem como garantir a eficiência energética de lâmpadas se elas não passaram previamente por algum tipo de controle de qualidade.
Lâmpadas piratas
Existe uma infinidade de tipos, modelos e marcas de lâmpadas. As de LED se tornaram o tipo mais comercializado atualmente por consumir menos energia elétrica --as lâmpadas incandescentes deixaram de ser fabricadas e vendidas no Brasil em 2016.
Por isso, se tivesse uma dica para dar em poucos segundos seria: escolha a lâmpada de LED que possui o selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).
Desde janeiro deste ano, todas as empresas atacadistas e varejistas, independentemente do tamanho, passaram a ser obrigadas a vender esse tipo de lâmpada com a certificação do órgão. Caso não tenha, ela pode ser considerada uma lâmpada pirata ou falsificada (quando imita o produto de uma marca conhecida).
"Os testes feitos para a certificação incluem desde durabilidade do produto até qualidade da luminosidade produzida. Assim, uma lâmpada pirata pode durar muito menos do que aquela que certificada. Isto acontece com muita frequência", explica o professor Nivaldo Zafalon Junior, doutor em engenharia elétrica pela Unicamp.
"Na verdade, é uma infração passível de multa a comercialização de tais produtos", alerta o especialista.
Silvio Szafir, professor de engenharia do Insper, complementa que as boas marcas seguem os padrões internacionais e os padrões brasileiros para a fabricação de suas lâmpadas.
Os professores listam abaixo os riscos de utilizar um produto pirata ou falsificado:
Materiais tóxicos
Sem os testes e as certificações necessárias, não há como saber se a lâmpada foi feita com os materiais corretos.
Em alguns casos, elas são fabricadas com produtos tóxicos, como alguns metais e o chumbo.
A durabilidade da lâmpada também pode ser prejudicada dependendo do tipo de material usado.
Choque elétrico
O risco do choque elétrico não é descartado --ele inclusive pode ser comum durante a instalação da lâmpada ou de seu uso.
"Alguns modelos possuem um dissipador de alumínio exposto para resfriar a lâmpada. Se este dissipador estiver em contato com a parte eletrônica da lâmpada, mal construída, o risco de choque é significativo", explica Zafalon Junior.
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Incêndio
Não é impossível que o uso de uma lâmpada pirata/falsificada resulte em explosões e incêndio. O risco é real, segundo os especialistas.
A lâmpada de LED possui plástico e circuitos eletrônicos em sua construção. Sendo assim, podem pegar fogo em meio a uma sobrecarga de energia.
Outra situação é o consumo da lâmpada atrapalhar o funcionamento de outros aparelhos eletrônicos que estejam funcionando no mesmo ambiente.
Os testes feitos com as lâmpadas chegam a condições extremas de funcionamento. Sem eles, não dá para saber o quanto ela pode aguentar.
Pode doer no seu bolso
Uma lâmpada sem certificação não apresenta o selo de eficiência energética (aquela letra que vai de A até E). Então, não dá para confiar nas especificações exibidas na embalagem. Vai saber se é mesmo verdade. A conta pode sim ficar mais cara.
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