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Quer um smartwatch? Nem sempre o mais caro é o melhor para você; entenda

Existem opções para vários tipos de usos; aprenda a escolher - iStock
Existem opções para vários tipos de usos; aprenda a escolher Imagem: iStock

Rodrigo Lara

Colaboração para o UOL, em São Paulo

22/12/2018 04h00

Tudo estava normal na sua vida até que você viu aquela sua amiga super tecnológica usando um. Depois foi a vez do seu primo e de um colega de trabalho. No final das contas, você se deparou com a realidade: tem cada vez mais pessoas usando smartwatches, os populares relógios inteligentes.

É natural que você, então, cogite comprar um gadget do tipo e, ao fazer isso, se depare com um grande número de opções. E não falo apenas de marcas: as opções também levam em conta o tipo de uso a ser feito do aparelho, bem como o estilo de vida do seu comprador. Para te ajudar a escolher, UOL Tecnologia preparou o guia abaixo. Confira!

Primeiro passo: compatibilidade com o celular

É bastante provável que, ao pesquisar um smartwatch, você se depare com as maravilhas que o Apple Watch é capaz de fazer. O aparelho é um dos mais (se não o mais) completos do mercado e, de cara, apostar em um deles é uma grande tentação.

Isso desde, claro, você tenha um iPhone, já que o relógio inteligente da Apple é compatível apenas com os smartphones da marca. E a sincronização entre o smartwatch e o celular é ponto muito importante da experiência com esses aparelhos

Gadgets de outras marcas, como Samsung, funcionam tanto com celulares Android quanto iOS, porém convém pesquisar possíveis limitações dos apps desses relógios de acordo com o sistema operacional.

O mais caro nem sempre é o mais útil

Para quem pratica esportes, uma pulseira Mi Band 3 da Xiaomi, facilmente encontrada no Brasil por cerca de R$ 200, pode ser tão útil quanto um Apple Watch 4, de R$ 3.999.

Ainda em termos esportivos, algumas características dos aparelhos podem fazer uma grande diferença dependendo do esporte você pratica. Se você faz natação, por exemplo, uma pulseira ou relógio com resistência à água é essencial - e aqui não falamos de resistência a respingos. Já quem corre longas distâncias provavelmente se dará bem com um aparelho que tenha um GPS embutido em vez de precisar ter o celular sempre ao seu lado durante o exercício.

Marcas especializadas em smartwatches e pulseiras esportivas, como TomTom e Polar vendem seus produtos no Brasil, com preços a partir de R$ 800.

Apps contam

Uma das "graças" dos smartwatches e pulseiras inteligentes são os aplicativos que os acompanham. Quem usar um Apple Watch não tem muito o que olhar nesse sentido, uma vez que o app nativo dos iPhone é o que será utilizado. Por outro lado, quem apostar em aparelhos de outras fabricantes terá que lidar com essa questão, uma vez que há diferenças profundas entre os apps das diversas marcas. Muitas vezes convém baixar os apps antes de comprar o aparelho e checar suas funcionalidades.

Smartwatch híbrido ou "raiz"?

Algumas marcas mais tradicionais ou de luxo oferecem os chamados smartwatches híbridos, que nada mais são do que relógios tradicionais, com mecanismo de ponteiros, porém com conectividade bluetooth e algumas funções "inteligentes", como contador de passos.

De maneira geral, são aparelhos que estão mais para "relógios convencionais com funções adicionais" do que, propriamente, para relógios inteligentes. O principal atrativo desses aparelhos é a longa duração da bateria, um dos pontos fracos de boa parte dos smartwatches. Por outro lado, eles tendem a não atenderem plenamente para quem busca um aparelho com grande número de funções.

Especificações

Apesar de não ser algo tão sensível quanto o visto em smartphones ou computadores, alguns detalhes das especificações dos smartwatches merecem sua atenção.

Em geral, aparelhos de fabricantes mais tradicionais e conceituadas tendem a não apresentar problemas ou "engasgos" no desempenho, algo problemático para a prática de esportes, por exemplo.

Outro ponto que merece atenção é o tipo de interface. Relógios que podem ser comandados apenas por uma tela sensível ao toque não são os ideais para a prática de esportes, enquanto qualquer opção que possa ser comandada apenas por interface física (botões, por exemplo) podem não ser tão práticos para o uso diário.

Cuidado com a bateria

Também é importante considerar a bateria. Modelos mais parrudos, como é de se supor, precisam ser levados à tomada em intervalos mais curtos. A Samsung, por exemplo, informa que a bateria do Galaxy Watch dura cerca de 45 horas em uso normal, pouco menos de dois dias. A Apple aponta 18h de duração para a bateria do Apple Watch 4, porém isso depende bastante do uso.

Por outro lado, modelos voltados à prática de esportes e pulseiras inteligentes são muito mais frugais no consumo de bateria. Modelos como a Xiaomi Mi Band 3, por exemplo, podem até 20 dias longe da tomada.