Fim dos cartões mais próximo: pelo futuro, Mastercard tira nome do seu logo
A Mastercard desistiu de vez de ser só uma marca de cartões de crédito e débito físicos. Explicamos: o nome da companhia desapareceu completamente do tradicional logo da empresa. Após mais de 50 anos, ela passará a ser representada simplesmente por dois círculos nas cores amarelo e vermelho, com uma intersecção laranja no meio.
O novo logo, anunciado nesta segunda (7), é mais um passo na preparação da empresa para o momento em que os cartões não serão mais utilizados --atualmente, existem inúmeras soluções digitais que fazem as pessoas, principalmente em países mais desenvolvidos, necessitarem menos dos cartões físicos.
Os usuários de cartões já podem fazer transações ao simplesmente inserir informações de pagamento ou pelo celular com a tecnologia NFC - soluções como Samsung Pay, Apple Pay e Google Pay já estão disponíveis para estes fins. Vestíveis, como pulseiras, também conseguem realizar pagamentos ao aproximar de uma máquina leitora.
A palavra "cartão" deve cada vez mais cair em desuso. A mudança também é mais uma tentativa da Mastercard ser vista como uma fintech (empresa financeira de tecnologia), não simplesmente como rede de cartões de crédito - algo que a empresa tem tentado emplacar nos últimos anos com mudanças em sua comunicação. A empresa agora se proclama uma "companhia de pagamentos digitais".
"Como o consumo e a área do comércio continuam a evoluir, o símbolo da Mastercard representa a Mastercard melhor do que uma palavra. O design moderno flexível vai permitir que a empresa trabalhe perfeitamente no cenário digital", afirmou a companhia em uma nota à imprensa.
Antigamente, o nome Mastercard aparecia dentro dos círculos. Na última modificação, a companhia colocou seu nome logo abaixo dos círculos.
Segundo a Mastercard, a empresa gastou 20 meses de pesquisa global para garantir que as pessoas reconheceriam a empresa só pelo logo dos círculos - de acordo com a companhia, o número de pessoas que reconhecem espontaneamente passa dos 80%. Em alguns mercados em desenvolvimento, é possível que a marca continue exibindo seu nome.
Esse novo logo passará a ser usado em cartões de pagamento (enquanto eles durarem), patrocínios e em adesivos em lojas que aceitem a bandeira. Se tiver sucesso, a empresa passará a ser uma das poucas identificadas sem o nome, como ocorre com a Apple, Nike e outras.
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