Quem são as pessoas antivacina? Pesquisa descobriu 4 tipos de internautas
O movimento antivacina que tem tomado conta das redes sociais não se resume a pessoas que acreditam no mito de que elas causam autismo. Uma pesquisa baseada em comentários do Facebook descobriu quatro grandes grupos de entusiastas sobre o assunto.
- Quem desconfia da ciência e de agências governamentais
- Quem teme pela segurança das vacinas
- Quem crê em teorias conspiratórias
- Quem apoia tratamentos alternativos de doenças
A pesquisa foi feita pela Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, numa tentativa de criar mensagens mais eficazes que incentivem a vacinação e que ressoem em pessoas com diferentes opiniões.
Tudo começou com um vídeo publicado por uma clínica de pediatria em Pittsburgh, que atentava os pais para o vírus do HPV (papiloma humano) e os tipos de câncer que ele poderia causar. No período de um mês, a publicação foi inundada por comentários que chegavam ao extremo, como "vocês vão queimar no inferno por estarem matando os nossos bebês", "vocês sofreram uma lavagem cerebral", entre outros.
Os pesquisadores resolveram estudar profundamente os comentários de 197 perfis para entender quem eram essas pessoas, entrando em todos os links que compartilhavam, assistindo aos vídeos que compartilhavam, pesquisando suas posições políticas, gênero etc.
Os alvos são, principalmente, mulheres mães, confirmou o estudo.
"Isso mostra como o Facebook está promovendo amplamente o movimento antivacina", afirmou Peter Hotez, reitor da Faculdade de Medicina Tropical na Universidade de Baylor, ao The Daily Beast.
O site ouviu também Jeff Hancock, diretor do Laboratório de Redes Sociais da Universidade Standford. Para ele, a partir do resultado obtido, é possível pensar em diferentes estratégias para desmentir campanhas. "Precisamos combater fogo com fogo", afirmou.
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