Como o WhatsApp quer impedir você de continuar a encaminhar mensagens
Resumo da notícia
- WhatsApp criou duas ferramentas que, a princípio, não tem efeito prático
- Uma delas avisa quantas vezes uma mensagem foi encaminhada
- A outra classifica que o conteúdo já foi encaminhado muitos vezes
- Faz parte dos planos do aplicativo combinar essas funções
- Próximo passo é permitir que administradores de grupos impeçam mensagens muito reenviadas de serem publicadas
Você já deve ter recebido no WhatsApp uma mensagem encaminhada por algum amigo que, a princípio, parecia estranha. Mas, com o tempo, outros conhecidos mandaram a mesma coisa. E, com o volume de informação semelhante chegando a todo momento, você foi praticamente obrigado a prestar atenção naquilo. As pessoas que deram o alerta sobre o assunto não fizeram por mal, mas sentiram que deveriam compartilhar aquilo com você. O problema é outro.
A função de encaminhar mensagens passou a ser crucial para a estratégia de pessoas que criam e espalham boatos, notícias falsas e até golpes. Elas sabem que você vai querer compartilhar isso com alguém próximo. O WhatsApp já notou isso e até adotou algumas restrições, como fixar a quantidade de destinatários em cinco contatos. Só que agora o serviço de bate-papo mais popular do Brasil prepara uma série de medidas para não só limitar a capacidade que você tem de mandar uma determinada mensagem, mas proibir de vez que ela apareça em grupos.
Antes de colocar seu plano em ação, o WhatsApp criou duas novas funções, que ainda não foram liberadas para todo mundo, mas já podem ser vistas em versões de testes do aplicativo. A primeira delas é a "Informação sobre encaminhamento".
Sabe aquela janela que indica se uma mensagem foi entregue a um destinatário e lida por ele? Pois bem, ela vai ganhar um terceiro elemento. Passará a mostrar quantas vezes a mesma mensagem já foi encaminhada.
O segundo recurso é uma indicação que aparecerá na própria mensagem. Você já deve ter notado que conteúdos reenviados são sinalizados com um "encaminhado" acima deles. A novidade é que as mensagens reenviadas pelo menos cinco vezes serão classificadas como "encaminhadas com frequência".
Essas duas novidades foram incluídas na versão beta do WhatsApp 2.19.86, para Android, e 2.19.40.23, para iOS. Só que até aí o único efeito prático delas é avisar que mensagens desse tipo são virais e, por isso, você deve ficar com a pulga atrás da orelha quanto conteúdo delas.
O WhatsApp está desenhando, no entanto, uma forma de usar essas informações para mudar o jeito com o aplicativo é usado. Os detalhes da estratégia estão na nova versão beta do serviço para Android, a 2.19.97.
O aplicativo que pertence ao Facebook incluiu nessa versão de teste um recurso que impedirá as mensagens encaminhadas com frequência de serem publicadas em grupos. A ferramenta ainda está sendo desenvolvida pelo WhatsApp, segundo o WABetaInfo, que descobriu como ela vai funcionar.
Os administradores de grupos ganharão um poder extra: além de estabelecer se os integrantes podem ou não conversar entre si, como já ocorre hoje, eles poderão definir se permitem ou não que mensagens reenviadas mais de cinco vezes possam ser postadas no grupo. É claro que ainda terão o direito de deixar tudo como está.
Se o administrador optar pela restrição, não quer dizer que o conteúdo daquela mensagem não poderá nunca mais ser veiculado no grupo. Qualquer integrante pode muito bem copiar o que diz a mensagem e enviar como se fosse um texto escrito por ele. Isso, porém, tornaria o processo de disseminação mais lento, o que pode desencorajar o compartilhamento.
Não há previsão de quando o novo recurso chegará a todos os usuários do WhatsApp, mas seu desenvolvimento sinaliza que o aplicativo está interessado em conter a explosão de conteúdos enganosos que usam a plataforma para se espalhar de forma viral.
Nesta semana, o aplicativo já deu um passo nesta direção: liberou uma forma dos usuários evitarem serem incluídos em grupos indiscriminadamente. Agora, é possível escolher que apenas contatos façam isso.
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