"Não compre" e bateria por dias: as primeiras análises do novo Galaxy Fold
Resumo da notícia
- Análises internacionais do Fold são manchadas por supostos defeitos na tela
- Maioria dos reviews não recomenda a compra do revolucionários smartphone
- Críticas à parte, jornalistas ficaram surpresos com a bateria do aparelho e com a performance
- Galaxy Fold é o primeiro celular dobrável da Samsung e chega aos EUA nesta semana
O Galaxy Fold, celular dobrável da Samsung lançado em fevereiro que custa quase US$ 2 mil, era um mistério completo e só havia sido testado dentro da própria empresa até esta semana, quando alguns analistas da mídia internacional começaram a receber modelos do aparelho. E, pelo tom dos primeiros reviews, é bom ter calma com o revolucionário smartphone.
Você até já deve ter ouvido falar: uma série de analistas teve problemas com a tela do celular dobrável, que se quebrou logo nos primeiros dias de teste. Alguns teriam retirado uma película protetora que a Samsung afirma ser primordial para a manutenção do aparelho, enquanto outros disseram que o aparelho teve problemas mesmo com a película.
As análises do primeiro celular dobrável da Samsung, então, ficaram manchadas por causa desses defeitos que ainda estão em investigação pela empresa. A maioria dos jornalistas aconselha que os usuários não comprem o dispositivo por enquanto, mas ainda assim não faltaram aspectos positivos elencados sobre o produto.
"Não compre"
Praticamente todas as análises que saíram até agora do Galaxy Fold não aconselham a compra do smartphone. É o caso do review feito pelo The Verge, um dos sites que teve sua unidade de testes trocada depois que uma das telas apresentou problemas.
"Vou falar logo: não posso recomendar que comprem esse produto até que saibamos o que aconteceu com as telas quebradas"
análise do The Verge sobre o Galaxy Fold
O mesmo tom foi dado pelo Business Insider, que apontou o dispositivo como uma "promissora primeira tentativa" de um smartphone com tela dobrável. O preço de quase US$ 2 mil, além de uma dobra no meio da tela maior ser bem visível, também foi dado como justificativa para usuários evitarem o smartphone.
"Para um dispositivo como o Fold valer o dinheiro investido, a Samsung precisar provar que os defeitos das telas não são mais um problema", cita.
A análise da rede CNBC, que teve problemas em seu aparelho, também aborda a questão para justificar a recomendação que os consumidores devem esperar. Já o The Wall Street Journal fez uma "não-review" afirmando que o dispositivo não está preparado para o mercado com o seguinte título: "nós não somos seus testadores beta".
"Eu não iria recomendar o celular, mas agora estou preocupada que isso está chegando ao mercado. No mínimo, a Samsung precisa dar aos consumidores mais explicações. Nós somos seus testadores beta de um protótipo?", questiona.
Bateria ótima e telona encantam
Polêmica e preço à parte, o celular recebeu elogios em diferentes pontos pela crítica. O Business Insider, por exemplo, ficou encantado com a bateria do smartphone, mais até do que com suas telonas. Ele ainda chamou o Fold de melhor smartphone que teve para entretenimento graças à sua tela dobrável quase do tamanho de um iPad mini.
"O Fold teve uma bateria que durou por dois dias. E não dois dias de trabalho, mas do momento que saí da minha cama até dormir. É mais bateria do que tenho na maioria dos smartphones que testo,", diz.
Galaxy Fold prova que celulares dobráveis são mais do que um chamariz: oferece uma tela larga e bonita que cabe no seu bolso e bateria que dura dias
Já o jornalista do The Verge afirmou nunca ter usado um aparelho com tantos problemas que ele tenha gostado tanto. Os elogios principais vão para a tela gigante (antes de se quebrar), para a performance excelente e para a bateria. Ele cita, por exemplo, que a tela é terrível em termos de qualidade pelas camadas protetoras, mas ainda assim "maravilhosa" de usar. Há elogios também para as seis - sim, seis - câmeras do produto.
"As fotos são muito boas, mas ainda não tão boas quanto as do Pixel 3 e do Huawei P30 Pro. Ele essencialmente pega o S10 Plus e o torna em uma plataforma para um novo tipo selvagem de dispositivo", opina.
O jornalista da CNBC cita especialmente a diversão com a tela principal dobrável, antes dela apresentar problemas. "Eu amei usar a tela para ler e assistir a filmes. É simplesmente divertido ser capaz de carregar um display desse tamanho no seu bolso", disse.
Um elogio especial também veio de quem ofereceu uma forte crítica ao produto: a jornalista do The Wall Street Journal.
"Logo que retirei o Galaxy Fold do pacote ficou claro para mim como um celular dobrável pode resolver tudo que está errado nos nossos smartphones atuais. É um celular pequeno quando precisamos fazer coisas de telefone, e um tablet quando precisamos de mais", opinou.
Prévia do futuro
A conclusão geral das análises é que o Galaxy Fold é uma prévia do futuro do mercado de smartphones: a primeira geração de algo, com todos os problemas e maravilhas que ocorrem normalmente com um produto inicial.
"O celular me deu um gosto do futuro. Seria um produto perfeito se fosse mais fino e com um display externo mais parecido com os atuais dos iPhones e Galaxy S10; Eventualmente chegará nesse ponto e o Fold mostra que estamos nesse caminho", afirma a rede de TV CNBC.
Como citado pelo Business Insider, ser o primeiro em algo tem pontos positivos e negativos.
"O Galaxy Fold mostra por que nem sempre ser o primeiro é melhor. Mas quando os celulares dobráveis emplacarem, a Samsung provavelmente será lembrada como tendo pavimentado o caminho, assim como fez com os phablets", relatou.
O primeiro celular dobrável da Samsung começará a chegar a consumidores norte-americanos na próxima semana. O revolucionário smartphone esgotou no primeiro lote da pré-venda do produto no país. Não há previsão para a chegada dele ao Brasil.
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