Câmera e bateria boas, mas defeitos antigos: substituto do Galaxy J agrada
Resumo da notícia
- Testamos o Galaxy A50, um dos celulares substitutos da extinta linha J da Samsung
- Aparelho vai bem principalmente nas câmeras e na bateria
- Desempenho, contudo, é irregular - um problema antigo até dos Galaxy J
- Modelo foi lançado por R$ 1.999 e já pode ser encontrado na casa dos R$ 1.799
Se você era fã e usuário fiel dos celulares da linha Galaxy J da Samsung, sinto te decepcionar: a marca decidiu acabar com a série de smartphones mais vendida do Brasil. Mas você não ficará sem opções: no lugar, entraram modelos da nova linha Galaxy A e também a nova linha Galaxy M. Eu tive a oportunidade de testar o Galaxy A50 e posso dizer: ele tem alguns defeitos antigos da linha J, mas a câmera e a bateria encantam.
Vieram seis aparelhos na nova linha Galaxy A, que foi lançada em abril. Um deles é o A50. Mas se você está pensando que ele é um modelo "baratinho", como eram alguns da linha J, não é bem assim... Trata-se de um intermediário carinho, com preço de lançamento de R$ 1.999 --dois meses depois, já é possível encontrar em lojas online por R$ 1.799.
Por esse valor, o A50 vem para substituir o Galaxy J8, lançado na época por R$ 1.899. Na concorrência com outros aparelhos da faixa como o Moto G7 Plus, o A50 não faz feio e leva vantagem em alguns recursos. Mas não deixa de apresentar seus problemas, também.
Design com novidade
De cara já vemos uma novidade que chama a atenção no celular: o entalhe em gota na frente do aparelho. A Samsung, que por tanto tempo zuou a Apple por causa do entalhe, acabou queimando a língua e aderiu ao design - a marca, apesar de tirar sarro da concorrente, nunca havia negado que faria um aparelho do tipo.
E nem precisa ficar com vergonha, Samsung. O entalhe não incomoda: basta você se acostumar com esse design depois de alguns dias, como ocorre com todo aparelho nesse estilo. O entalhe deixa a frente do celular com mais tela e uma proporção melhor para o corpo do aparelho, o que ajuda na pegada.
A tela, por sinal, tem 6,4 polegadas e é excelente para ver conteúdos em vídeo no aparelho. O design do celular também é bem elegante, mas vale dizer que o smartphone deixa muitas marcas de dedo na traseira. Isso tira a beleza do efeito de arco-íris que o aparelho traz na traseira do celular.
Câmeras de respeito
Um dos grandes destaques do celular, principalmente para a sua faixa de preço, são as câmeras. Na traseira são nada menos que três, exatamente como ocorre no Galaxy A7 e no Galaxy S10. Cada uma tem um propósito: além da principal, tem uma que serve para fotos panorâmicas e outra que ajuda no desfoque do fundo.
E esse conjunto não faz feio: as imagens saem boas em diferentes condições de iluminação, com um bom contraste e uma boa captação de detalhes. Fiquei impressionado principalmente com a lente grande angular: sou fã desse tipo de foto e as imagens realmente ficam boas. A qualidade não é a mesma de um topo de linha como o Galaxy S10, mas o A50 não fica devendo - só de vez em quando exagera no contraste.
O ponto negativo fica para o desfoque de fundo: novamente, a Samsung não caprichou nesse tipo de foto para o A50. Outros aparelhos fazem esse modo melhor do que os celulares da marca sul-coreana - principalmente os iPhones, que, claro, são bem mais caros do que o A50.
A câmera de selfie também faz imagens legais, apesar de contar com apenas uma lente. Tirei uma foto em um ambiente escuro e a imagem ganhou uma claridade extra que agradou.
Desempenho inconstante e bateria ótima
Se na câmera e no design o A50 agradou, o mesmo não pode ser dito totalmente do desempenho, algo que também era fraco na linha J da Samsung. O Galaxy A50 pode ser descrito como um celular "de lua": nos primeiros dias de uso já rolava uma lentidão exagerada na abertura de apps simples como câmera e até para jogar o famigerado Candy Crush, enquanto em outros dias o desempenho fluiu bem.
Houve até um dia em que o smartphone deu uma travada grave no uso do Instagram, que fez o aparelho ser reiniciado. Isso menos com sete dias de uso, o que não é um bom sinal para o celular.
Por outro lado, a bateria foi um dos destaques do aparelho. Mesmo quando usei mais o smartphone, como em um fim de semana de viagem, consegui fazer com que ele aguentasse cerca de um dia e meio longe da tomada. É um número legal para smartphones do momento, mas inferior a outros com mais capacidade de bateria como o Moto G7 Power.
O A50 ainda conta com o desbloqueio de digital embutido na tela. Mas, diferente do Galaxy S10, o sensor do celular não é tão eficaz e demora mais para ser desbloqueado com o dedo. A memória interna dele é de 64 GB, o que é suficiente para usar o aparlelho sem se preocupar com a lotação por muito tempo.
Vale a pena?
O Galaxy A50 é um smartphone que vem para brigar na faixa dos intermediários com modelos como o Moto G7 Pkus e o Motorola One Vision. Nessa briga, ele vai bem e encanta principalmente pelo design, câmera e bateria.
Mas as falhas do A50 são um pouco incômodas. A sensação que ficou ao fim do teste era um misto de "gostei, mas esperava mais". No fim das contas, fiquei mais encantado até com aparelhos lançados pela Samsung no ano passado por esse preço, como o Galaxy A8.
Direto ao ponto: Galaxy A50
Tela: 6,4 polegadas Full HD+ Super Amoled
Processador: Exynos 9610
Memória: 4 GB RAM e 64 GB (armazenamento)
Câmeras: traseira tripla (25 MP + 5 MP + 8 MP) e frontal (25 MP)
Bateria: 4.000 mAh
Preço: R$ 1.999 (lançamento)
Pontos positivos: design, bateria e câmeras
Pontos negativos: desempenho e sensor de digital na tela irregulares
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