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É oficial: iPhone terá o modo escuro, e Apple anuncia "fim" do iTunes

Bruna Souza Cruz e Rodrigo Trindade

Do UOL, em São Paulo

03/06/2019 14h39Atualizada em 15/05/2020 01h39

Resumo da notícia

  • Na WWDC, empresa revelou que iOS 13 trará modo escuro aos iPhones
  • Nos computadores, o iTunes será dividido em três apps separados
  • Empresa anunciou novo tipo de sistema operacional para o iPad
  • O poderoso novo Mac Pro também ganhou alguns minutos de destaque

Para a alegria geral dos fãs da Apple, a empresa anunciou nesta segunda-feira (3) que a nova versão do seu sistema operacional para iPhone, iOS 13, terá agora o modo escuro. O anúncio foi feito na abertura da WWDC (Worldwide Developers Conference), conferência da empresa que acontece anualmente nos Estados Unidos. A edição deste ano vai até sexta-feira (7).

Chefiada pelo executivo-chefe da empresa, Tim Cook, a apresentação também focou em novidades do relógio inteligente Apple Watch e apresentou um novo Mac Pro, mas foram dois os anúncios que merecem mais atenção: o modo escuro do iPhone e o "fim" do iTunes, como ele ficou conhecido nas duas últimas décadas.

Antes de falar dos novos recursos, a principal informação do dia é se o seu iPhone será compatível com tudo o que foi anunciado. No caso da linha de celulares, a compatibilidade do iOS 13 virá a partir do 6S - iPhone SE incluso. Se o seu é aparelho é das gerações 6, 5S ou anterior, saiba que ele será "aposentado" daqui em diante.

Vamos às novidades!

Modo escuro do iOS 13 - Divulgação - Divulgação
Modo escuro do iOS 13
Imagem: Divulgação

Modo Escuro

Com a nova atualização do iOS 13, basta o usuário ir na central de controle do iPhone para ativar a novidade. Basicamente, ele torna preto tudo o que era branco, mas harmoniza as demais cores para não causar estranhamento ao usuário. Além de ser bom para os olhos, o modo escuro consome menos energia e por isso ajuda a economizar tempo de uso da bateria.

Os papéis de parede do iPhone também mudam a iluminação quando o modo escuro é ativado, assim como os widgets e o menu das notificações.

Essas não são as únicas novidades do iOS 13. O sistema operacional também ganhará uma nova forma de digitação, em que o usuário só precisa deslizar o dedo de uma letra para a outra no teclado do celular. É um recurso superprático, mas é bom lembrar que os teclados no Android fazem isso faz tempo, como o Gboard e Swiftkey. Como ambos podem ser baixados e usados no iPhone, você não precisa esperar a atualização de sistema operacional para desfrutar de uma ferramenta do tipo.

Alguns aplicativos também foram melhorados, como o Lembretes, que agora possui integração com o iMessage. Você consegue organizar as suas tarefas e marcar pessoas no app. Ao fazer isso, elas recebem uma mensagem direta em seus iPhones.

Reformulação do iTunes - Reprodução/Apple - Reprodução/Apple
Reformulação do iTunes
Imagem: Reprodução/Apple

Fim do iTunes?

Quando a apresentação se encaminhava para a parte final, Craig Federighi, vice-presidente sênior de engenharia de software da Apple, ressaltou o quanto revolucionário foi o iTunes. Tão revolucionário que rendeu até uma brincadeirinha.

"O iTunes começou completamente focado. Depois veio a loja. Depois ele recebeu podcasts que redefiniram o rádio. Ele recebeu filmes e cuidava da sincronização com iPods. Poderia o iTunes fazer mais? Que tal o calendário no iTunes? Email no iTunes. E talvez o Safari no iTunes!", disse o executivo.

Verdade seja dita, nossa equipe teve uma ideia melhor. Ele se tornará três apps: Apple Music, Apple Podcasts e Apple TV
Craig Federighi

A morte ou não do serviço de música da Apple vai depender do ponto de vista. Para Federighi, ele se "transformou" em três plataformas: Apple Music, Apple Podcasts e Apple TV.

A mudança foi anunciada como um dos recursos do MacOS Catalina, nova versão do sistema operacional dos computadores da Apple, mas a empresa também confirmou que a versão do iTunes para Windows também mudará —uma benção para alguns, já que tal versão foi ruim durante quase toda sua existência.

Email "fake"

Outra novidade anunciada nesta segunda-feira foi em relação à privacidade. Sabe quando você vai usar um site ou aplicativo e ele oferece aquelas opções de "Entrar com o Facebook", "Entrar com o Google" ou fazer um cadastro novo na plataforma com o seu email?

Emails de mentirinha podem ser criados em ferramenta da Apple para que o seu não seja compartilhado - Reprodução - Reprodução
Emails de mentirinha podem ser criados em ferramenta da Apple para que o seu não seja compartilhado
Imagem: Reprodução

A Apple criou o próprio jeito de dar acesso aos seus usuários. Trata-se de um login rápido, sem a necessidade de vincular o acesso aos seus dados pessoais, ao contrário do que fazem Facebook e Google —com quem ela está em uma guerrinha de indiretas, diga-se.

A proposta é que sua privacidade seja preservada ao máximo. Se o serviço que você quer acessar com o login rápido exige o compartilhamento de email, a Apple pode criar um email fictício para você, o que garante que seu contato pessoal ou profissional fiquem preservados.

Veja outras novidades:

iMessage tipo WhatsApp: será possível adicionar uma foto de perfil e compartilhar com os contatos do iPhone. Será possível limitar as pessoas que terão acesso a essa imagem.

Animojis: mais opções personalizadas das carinhas divertidas. Será possível também criar adesivos com as figurinhas, os chamados Memoji Stickers.

Melhora na parte de fotos e vídeos: as fotos tiradas com o iPhone terão um novo efeito de iluminação. No modo retrato, será possível controlar sombras e saturação, entre outros elementos da imagem. Os cliques normais ganharam novas ferramentas de edição, todas aplicáveis aos vídeos gravados com o celular. O destaque fica para a possibilidade de girar vídeos gravados na horizontal para a vertical, e vice-versa, além de cropá-los (alterar o corte das bordas) sem a necessidade de apps terceiros.

Menos bagunça na biblioteca de fotos: um sistema de inteligência artificial promete acabar com a bagunça das fotos duplicadas no iPhone. Outra promessa é de que achar fotos dentro da biblioteca ficará mais fácil e mais fluido, com novos filtros de organização.

Apple Watch

O sistema operacional do relógio inteligente da Apple, WatchOS, também recebeu melhorias.

Entre elas está o fato de que agora o Apple Watch tem sua própria versão da loja de aplicativos da Apple. Até então, era preciso usar o iPhone para instalar aplicativos no relógio. Não mais. A independência também se estende aos apps: agora, mais apps poderão funcionar sem a necessidade de um celular por perto.

O Apple Watch também ficou compatível com audiobooks, podcasts e ganhou, acredite, uma calculadora. Essa última novidade vai aquecer o coração de quem tem saudade dos relógios "burros" que faziam conta há mais de uma década. Mas não vá achando que o Apple Watch está preso no passado, já que ele usa a inteligência das tecnologias atuais para facilitar a divisão da conta do restaurante com os amigos.

Como último destaque, o dispositivo ganhou cinco novos visuais.

iPad OS - Reprodução/Apple - Reprodução/Apple
iPad OS
Imagem: Reprodução/Apple

Pen drive no iPad

A Apple também falou um pouco mais sobre o iPadOS, novo sistema operacional específico do iPad. A empresa focou na questão multitarefa do dispositivo e nas melhorias de usabilidade do aparelho.

Em um gesto na tela com três dedos ao mesmo tempo, você pode copiar e colar um trecho de texto, por exemplo. O Apple Pencil, o lápis inteligente, também ficou bem mais rápido, segundo a fabricante.

Mas o que vale destacar aqui também é o iPad agora consegue ler pen drive e cartão SD. Também será possível usar o iPad como segundo monitor do Mac. E ele funciona sem fio. Ao que tudo indica, a Apple seguirá "computadorizando" o iPad, uma tendência que vem desde o lançamento das versões grandonas do tablet.

Mac Pro - Reprodução - Reprodução
Apple voltou às raízes dos PCs ao revelar o novo Mac Pro
Imagem: Reprodução

PC e monitor para profissionais

Um dos anúncios mais aguardados da WWDC era o novo Mac Pro, a versão da Apple da torre de computador tradicional. A última delas foi controversa: parecida com uma lata de lixo, ela não facilitava a vida de quem queria trocar peças e melhorar o dispositivo.

Desta vez, a empresa uniu suas marcas de design moderno com o formato tradicional para apresentar uma máquina poderosa. O dispositivo tem um processador Intel Xeon de 28 núcleos e mais uma série de componentes avançados, como uma placa de vídeo Radeon, da AMD, que a Apple diz ser a mais poderosa do mundo —e que pode ser usada em dupla.

A memória interna é pequena (um SSD de 256 GB), se consideradas as tarefas pesadas e os enormes arquivos que um PC desse irá lidar, mas o preço do equipamento começará em US$ 5.999,00. Quem investir tudo isso para ter um desses provavelmente terá infraestrutura de armazenamento que vá além da que já vem dentro da caixa.

Em conjunto ao computador, a empresa ainda anunciou o Pro Display XDR, um monitor com tela Retina 6K e HDR, além de diversos outros recursos avançados, direcionada a profissionais que trabalham com edição de vídeos ou fotos. O preço para enxergar toda essa belezura visual é a partir de US$ 4.999.

Assista à íntegra da conferência da Apple na WWDC

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