Moto G7 Power tem bateria que não vai deixar você na mão
O universo dos smartphones é recheado por avanços em câmeras, design, processamento. Mas e a bateria? Celulares que só conseguem ficar um dia completo fora da tomada já nos deixam a sensação de querer mais. Nessa linha, um modelo da Motorola que surpreendeu foi o Moto G7 Power e é sobre ele que vou falar hoje. Ele vai muito além disso.
Ele foi lançado pela Motorola em fevereiro deste ano junto com os irmãos Moto G7 Play, G7 e G7 Plus. Na época, custava R$ 1.399 e chamou bastante a atenção por ter 5.000 mAh de bateria, um valor alto para os padrões da linha Moto G, a mais vendida pela empresa no Brasil.
Aparelhos mais antigos, como o Moto E5 Plus, Asus Zenfone 3 Zoom e Samsung Galaxy A9 (2017) também trabalham com o mesmo número. Mas a média dos concorrentes anda girando em torno de 3.000 mAh.
Só uma breve explicação: quanto maior o número do mAh, maior é a capacidade de duração da bateria. Trata-se de uma unidade de medida que identifica a transferência de carga elétrica por meio de uma corrente de um miliampere ao longo de uma hora.
Como a bateria se saiu?
Os testes com o Moto G7 Power duraram mais de uma semana. Usei o celular como se fosse o meu pessoal e a bateria levava em média dois dias inteiros para descarregar. Isso com aquele uso do dia a dia, sabe? Redes sociais, internet, música, vídeos. Posso falar tranquilamente que não senti a mínima saudade do carregador.
Mesmo que você use o aparelho mais intensamente, vai ser bem difícil precisar carregar o aparelho logo no final do dia. O único ponto chato aqui é que a recarga demora um pouco. O celular até vem com um carregador turbo, mas você vai levar umas duas horas mais ou menos para ele ir de 0% a 100%.
O que a bateria tem de boa, as câmeras...
Com uma bateria tão legal, a minha expectativa para as fotos eram bem altas, mesmo sabendo que se tratava de um celular intermediário. Por isso, acho que me frustrei um pouco mais do que o previsto.
O Moto G7 Power trabalha com uma câmera simples de 12 MP. As fotos tiradas durante o dia e em ambientes com boa iluminação ficaram boas para a categoria na maioria das vezes.
Mas me decepcionei com as tiradas em locais mais escuros e as nos dias nublados. Algumas imagens tiveram problemas com definição e contraste. Outras ficaram com um aspecto bem desbotado.
Por outro lado, os recursos legais de fotografia que o G7 Power oferece são legais, como destacar uma cor na cena e o Cinemagraph, que cria fotos com movimento.
A lente para a selfie tem 8 MB e segue a linha da câmera principal. As fotos ficam ok com quando tiradas com uma boa iluminação de fundo.
No escuro, a questão já fica mais complicada. Manter o foco às vezes será um problema e você nem vai poder contar com o bom e velho flash frontal. O celular funciona com a iluminação virtual, o que nem sempre vai conseguir atender às nossas necessidades.
Outros destaques:
Visual padrão "antigo": De modo geral, a Motorola não ousou no design do G7 Power. Na onda das telas infinitas e com diferentes tipos de entalhes, o modelo seguiu uma tendência já "antiga". Ele traz o recorte retangular no topo da tela de 6,2 polegadas, que abriga a câmera de selfie e a única saída de som do celular (áudio de chamadas, de músicas, de notificações). As bordas na parte inferior também são maiores em relação aos irmãos da linha G7.
Tela com menos resolução: Para dar conta de ter uma bateria que dura bastante, a Motorola acabou escolhendo uma tela mais simples, com resolução menor e mais econômica. Isso é ruim? É se você for um usuário mais exigente com a qualidade da reprodução de vídeos, por exemplo. Se não for o seu caso, talvez você nem perceba tanta diferença na hora de assistir às suas séries favoritas ou programas de TV -- o modelo conta com TV digital.
Desempenho: Usa o mesmo processador-- Snapdragon 632-- de modelos como Xiaomi Redmi 7 e Asus Zenfone Max. Durante os dias de teste ele não travou nenhuma vez. Ele conseguiu trabalhar com aplicativos rodando em segundo plano sem engasgar. Mas, se você tem uma pegada mais gamer, ele talvez não seja a melhor escolha. Ele até pode conseguir rodar alguns jogos mais pesadinhos, mas o processamento gráfico não vai conseguir acompanhar.
Memória: O espaço de armazenamento acaba sendo um fator negativo. A versão mais em conta é vendida com 32 GB de memória. O que dá para fazer com isso hoje em dia? Ele até é compatível com cartão de memória extra, mas seria um custo a mais.
Vale o custo-benefício?
A resposta é muito fácil se a sua necessidade for bateria. Um celular que fica dois dias longe da tomada é algo interessante. Só é importante lembrar que ele não tem as configurações mais avançadas do mundo. Em relação a outros intermediários, ele pode perder um pouco em se pensarmos nas câmeras. Mas, certamente, ele é bem funcional e tem um desempenho honesto.
O G7 Power também é bonitinho, confortável de usar e tem uns recursos legais como a TV digital. Ele foi lançado no início do ano por a partir de R$ 1.399. Na época, até achei um valor um pouco alto para as primeiras impressões do modelo. Mas, meses depois, o seu preço caiu e o custo-benefício ficou bem mais atrativo.
Há algumas semanas, encontrei o modelo por R$ 969. Hoje, o valor aumentou um pouquinho para R$ 989. No site da Motorola, se você pagar a vista, ele vai custar R$ 1.055.
Se você não é uma pessoa apegada a marcas, o Samsung Galaxy M30 tem uma bateria potente também, mas com o diferencial de ter uma câmera tripla principal.
Direto ao ponto: Moto G7 Power
- Tela: 6,2 polegadas (1.520 x 720 pixels)
- Sistema Operacional: Android Pie
- Processador: Snapdragon 632 (1.8GHz)
- Câmeras: 12 MP (traseira) e 8 MP (frontal)
- Memória: 32 GB de armazenamento e 3 GB de memória RAM
- Bateria: 5.000 mAh
- Pontos positivos: bateria, desempenho
- Pontos negativos: câmeras, pouco espaço de armazenamento
- Dimensões: 159.4 x 76 x 9.3 mm e 193 gramas
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