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Dos dados ao dinheiro: Facebook finalmente entra no ramo das criptomoedas

Libra fará parte da Calibra, nova carteira digital do Facebook; empresa resolveu entrar de vez no mundo financeiro - Reprodução/Facebook
Libra fará parte da Calibra, nova carteira digital do Facebook; empresa resolveu entrar de vez no mundo financeiro Imagem: Reprodução/Facebook

Bruno Madrid

do UOL, em São Paulo

18/06/2019 09h02Atualizada em 18/06/2019 11h16

Resumo da notícia

  • Facebook divulgou a criação da Libra, criptomoeda que deve ser lançada em 2020
  • Uma nova carteira digital, batizada de Calibra, também é novidade
  • As novidades devem ser lançadas em 2020, segundo comunicado da empresa
  • Alguns detalhes sobre privacidade e segurança dos serviços foram revelados

O Facebook, ao lado de outras 27 empresas, resolveu investir pesado no mercado financeiro. A companhia anunciou, nesta terça-feira (18), a criação da Libra, uma criptomoeda impulsionada no blockchain, que armazena dados, como acordos e transações em uma rede de computadores.

A gigante de tecnologia também informou que a moeda virtual fará parte de sua nova carteira digital - a subsidiária Calibra, que estará disponível inicialmente no Messenger e WhatsApp. A ideia é lançar as novidades no ano que vem.

"Calibra permite que você envie Libra para quase qualquer pessoa com um smartphone a baixo custo, tão fácil e rápido quanto enviar uma mensagem de texto. Com o tempo, esperamos oferecer serviços adicionais para pessoas e empresas, como pagar contas com o apertar de um botão, comprar uma xícara de café com a digitalização de um código ou andar em seu transporte público local sem precisar levar dinheiro ou bilhetes", diz o comunicado do Facebook.

O objetivo do Facebook é oferecer a quem não tem conta bancária um serviço financeiro online, segundo a nota. "Para muitas pessoas em todo o mundo, até mesmo os serviços financeiros básicos ainda estão fora de alcance: quase metade dos adultos no mundo não tem uma conta bancária ativa. Esses números são piores nos países em desenvolvimento e atinge ainda mais as mulheres. O custo dessa exclusão é alto: aproximadamente 70% das pequenas empresas nos países em desenvolvimento não têm acesso ao crédito e US$ 25 bilhões são perdidos pelos migrantes a cada ano por meio de taxas".

Segurança e privacidade

O Facebook garantiu que protegerá as moedas dos usuários utilizando os "mesmos processos de verificação e antifraude usados nos cartões de crédito".

Medidas de monitoramento para "evitar comportamentos fraudulentos" também foram prometidas pela empresa, que citou um suporte online a quem utilizar a tecnologia.

Em relação à privacidade, o comunicado afirma que a Calibra "além de casos limitados, não compartilhará informações de conta ou dados financeiros com o Facebook ou qualquer terceiro sem o consentimento do cliente". Ou seja, anúncios baseados no uso da sua criptomoeda, por exemplo, não devem existir.

O que seriam esses "casos limitados"? A empresa explicou: "Estes casos em que dados podem ser compartilhados refletem nossa necessidade de manter as pessoas seguras, cumprir a lei e fornecer funcionalidades básicas para quem usa a Calibra".

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