Huawei estreia no comércio brasileiro sem a pompa da compatriota Xiaomi
Resumo da notícia
- Segunda maior fabricante de celulares inaugurou dois pontos de venda em shoppings de SP
- Iniciativa veio exatamente um mês depois da estreia da loja da também chinesa Xiaomi
- Movimento no quiosque da Huawei foi consideravelmente menor do que na loja da Xiaomi
A forte indústria de smartphones chinesa voltou com tudo ao Brasil em 2019. O ano marca o retorno Huawei e Xiaomi ao mercado nacional, mas a estreia dos primeiros pontos de comércio oficiais das duas marcas mostra a diferença da popularidade que elas têm entre os brasileiros. Em junho, o UOL Tecnologia registrou a empolgação da abertura da loja da Xiaomi em um shopping em São Paulo. Neste domingo (7), acompanhamos o movimento do primeiro fim de semana dos quiosques da Huawei, que teve uma notável diferença.
A segunda maior fabricante de celulares do mundo, atrás somente da Samsung, inaugurou dois pontos comerciais na capital paulista --no shopping Morumbi no dia 1º de julho, e no Eldorado no dia 2-- meses depois de disponibilizar os modelos P30 Pro e P30 Lite em lojas especializadas do país. Ambos os espaços têm nove metros quadrados e permitem que os clientes experimentem os smartphones.
Visitamos o quiosque no shopping Morumbi. O espaço pequeno, com uma oferta pouco variada de produtos, fez pouco para chamar a atenção de quem passeava pelos corredores. Passamos por lá em dois horários diferentes, próximos ao almoço, e em uma das ocasiões acompanhamos a movimentação por cerca de 15 minutos. Foram poucos os visitantes: só em um momento dois grupos diferentes de pessoas chegaram para observar a novidade.
Quem parava para observar os produtos não tinha muito o que ver além dos celulares. Os produtos à venda eram os seguintes:
- Huawei P30 Pro, por R$ 5.499,00
- Huawei P30 Lite, por R$ 1.999,00
- Dois modelos de capas para o P30 Lite, por R$ 139,00 cada
- Fones de ouvido Active Noise Cancelling, por R$ 399,00
Promoções não atraem multidões
Enquanto a inauguração da loja da Xiaomi teve gente esperando até 45 horas na enorme fila formada no dia da abertura, o quiosque da Huawei ficou longe de ter o mesmo impacto. Não houve pompa na segunda-feira passada (1º), dia em que o estabelecimento começou a operar.
Segundo os funcionários do quiosque, o espaço da Huawei teve um primeiro dia movimentado, mas os clientes não chegaram a formar fila para serem atendidos, muito embora o tamanho do ponto de venda fosse menor do que o da marca conterrânea. Eles também relataram que o movimento e as vendas foram bons ao longo dessa semana de estreia, que teve promoções para estimular os consumidores.
O P30 Pro, celular mais avançado da marca, estava com um desconto de R$ 1.000, que era somado ao valor de celulares usados de qualquer marca --sujeitos a avaliação-- ao serem apresentados na hora da compra. O P30 Lite estava R$ 500 mais barato que o normal, desconto que poderia ser somado ao valor do smartphone antigo. Ambas as ofertas terminaram no domingo (7).
Mesmo com esses atrativos, a procura não foi comparável ao que ocorreu na loja da Xiaomi, que além uma variedade maior de celulares --sete no total-- ofereceu outros produtos como smartbands, lâmpadas e até patinete elétrico. A impressão inicial que ficou é que das duas potências chinesas que chegaram ao Brasil neste ano, a Xiaomi esbanjou mais confiança e gerou mais burburinho que a polêmica Huawei.
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