Não será quindim! Android não terá mais nome de doces, e é culpa do Brasil
Resumo da notícia
- Google abandonará nomes de doces para nomear o sistema Android
- Agora sistema será nomeado com números sequenciais, como ocorre com o IOS
- Decisão foi para causar menos confusão entre países diferentes
Só falar em Oreo, Kit Kat ou donuts que aposto que sua boca começa a salivar. Mas o que vem à cabeça ao ouvir Nougat, Jelly Bean ou Gingerbread? Um grande "Ahn?", certo?
Saiba que também são nomes de doces ou sobremesas. E mais: foram usados pelo Google para batizar versões do Android, sistema operacional mais usado em smartphones e que colocará um fim nessa tradição neste ano - com grande "culpa" do Brasil.
A partir de agora, o nome da plataforma será acompanhado apenas do número da versão. Ou seja, o Android Q, apresentado em maio deste ano e que deve chegar aos smartphones em setembro, será apenas o Android 10.
Com o corte do açúcar, sumiu também a chance de uma guloseima brasileira dar nome à plataforma, justamente quando o Google estava pensando seriamente nisso, afirmou ao Tilt o vice-presidente do Google para Android, Sameer Samat.
Nós tínhamos muitos nomes de sobremesa com "Q" para olharmos. Queen's cake, Queen's Star. Havia até uma sobremesa brasileira que eu tenho certeza de que vou pronunciar errado, apesar de ter estudado muito antes de falar: Quindim. Consideramos todas elas
Doces
Apelidar com nome de doces as versões do Android é uma brincadeira que nasceu entre os desenvolvedores da plataforma e virou política oficial do Google. Terceira versão da plataforma, o Android Cupcake inaugurou a tradição em 2009 - as anteriores se chamavam Alpha e Beta.
A partir daí, os novos lançamentos seguiam a ordem alfabética:
- Donut (setembro de 2009),
- Eclair (outubro de 2009),
- Froyo (maio de 2010),
- Gingerbread (dezembro de 2010),
- Honeycomb (fevereiro de 2011),
- Ice Cream Sandwich (outubro de 2011),
- Jelly Bean (2012),
- KitKat (2013),
- Lollipop (2014),
- Marshmallow (2015),
- Nougat (2016),
- Oreo (2017)
- Pie (2018).
Alguns fãs até tentavam acertar qual seria a escolha. Só que muitas das escolhas acima eram populares apenas nos Estados Unidos. "O problema com nomes de sobremesas é que, toda vez que escolhíamos uma, deixávamos o resto do mundo de fora", diz Samat. Isso gerava diversas confusões, porque o inglês já não é a língua mais falada pelos usuários do Android.
"Em algumas línguas 'l' e 'r' são indistinguíveis uma da outra. No lançamento do [Android] Lollipop no Japão, não dava para dizer se estávamos lançando depois do [Android] Q ou antes. E marshmallows não são necessariamente lá essas coisas em todos os lugares no mundo", comenta Samat.
E o Brasil?
O executivo afirma que a mudança foi feita porque o Android se tornou uma marca global, que deveria dialogar com culturas bastante diferentes. Dentro dessa perspectiva, já não faz sentido tomar decisões com base em traços da cultura norte-americana.
"Quando olhamos nomes, avaliamos muitos fatores. Um deles é o quanto aumentou o crescimento do Android fora dos países que falam inglês. Por exemplo, há mais usuários do Android agora no Brasil do que nos Estados Unidos", diz Samat.
O Brasil é um dos três países que mais abrigam aparelhos que rodam Android, que equipa 2,5 bilhões de dispositivos no mundo. Os outros dois são Índia e Indonésia.
O robozinho do Android
Outra mudança feita pelo Google é que o androide verde que virou mascote da plataforma será incluído à marca.
"Quando o Android foi lançado como marca, logo surgiu esse robô que começou a ser criado e organicamente reconhecido como parte da marca, mas não havia sido integrado a ela até agora", explica Aude Gandon, diretora global de marca no Google.
A marca também ganhará um novo colorido. As letras de Android, hoje escritas em verde, passarão a ser pretas. O robozinho é que passará a ser estampado em cores como azul, verde e vermelho.
Ameaça global?
A mudança no nome e na marca do Android é promovida pelo Google pouco menos de duas semanas após o surgimento de um rival no mundo dos sistemas operacionais. A chinesa Huawei, fabricante de smartphones e equipamentos de telecomunicações, lançou o HarmonyOS, para equipar de smartphones a TVs.
Apesar disso, o Google afastou a ideia de que a repaginação tenha sido feita em resposta à movimentação da segunda maior produtora de celulares Android. "Honestamente, a mudança é algo em que estamos trabalhando há algum tempo, pois demora para fazer isso", diz Gandon.
"Quando avaliamos em perspectiva, para pensar nos próximos 10 anos do Android, uma das coisas que identificamos é que queríamos um sistema operacional que abraçasse uma marca verdadeiramente global e que fosse acessível para qualquer um", completa Samat.
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