Qual empresa tem melhor sinal de 4G em cidades urbanas e rurais do Brasil?
Sem tempo, irmão
- Dados mostram o quão grande ainda é a disparidade entre a oferta da rede 4G em municípios urbanos e rurais
- O levantamento também detalha quais operadoras possuem o melhor sinal nas diferentes regiões brasileiras
- De modo geral, a TIM conseguiu o melhor resultado na oferta do 4G. A Oi ficou com a última colocação
Que o sinal de celular nas cidades da área rural do Brasil não é lá essas coisas, você já até imaginava. Mas a disparidade para as conexões móveis de municípios urbanos era algo difícil de medir. Foi isso que fez a OpenSignal, especializada em analisar a experiência móvel de consumidores, em um estudo publicado nesta terça-feira (27).
O levantamento --realizado entre 1º de abril e 30 de junho, com 1.080.679 celulares no país-- mostra que a disponibilidade do sinal de 4G nos municípios urbanos é quase duas vezes o encontrado nas cidades rurais. No primeiro caso, o sinal da internet móvel de quarta geração pode ser encontrado em 75% do tempo da pesquisa, enquanto, no segundo, cai para 40,9%.
A diferença no serviço cai drasticamente quando são analisadas todas as redes foram combinadas, ou seja, considerados tanto o 3G quanto o 4G. Dentro dessa premissa, a disponibilidade de sinal nos municípios urbanos ocorre em 90,1% do tempo e chega a 73,5% nos rurais.
Para efetuar o cálculo, a OpenSignal usou diretrizes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que, a partir de dados topográficos e de densidade populacional, categorizou os municípios brasileiros como "urbanos", "intermediários" e "rurais".
A OpenSignal aponta que a variação populacional entre os três tipos de cidade traz um desafio enorme para os operadores. Por exemplo: apesar de 75,9% dos brasileiros morarem em cidades urbanas, esses municípios são apenas 26,1% do total, o que denota a concentração geográfica da população no Brasil. Desse ponto de vista, é até compreensível que o sinal seja melhor nessas regiões.
Já os municípios rurais são 60,4% do total. Como o sinal de celular é menos frequente nessas localidades, significa que o serviço é de pior qualidade justamente na parte de maior dimensão do território brasileiro. Só que lá mora a menor fração da população, o equivalente a 16,9%.
Tilt já mostrou que, quando o assunto é internet fixa, o Brasil está passando por uma "revolução digital silenciosa", porque as pequenas empresas estão ampliando a inclusão digital nos rincões do país. Na telefonia móvel, no entanto, a atuação é reservada às grandes companhias devido aos gastos envolvidos para colocar a operação de pé.
Nessa linha, a OpenSignal averiguou também que a situação da ocorrência do sinal é bastante diferente de operadora para operadora. De forma geral, é melhor na TIM e pior na Oi. Veja abaixo a situação da disponibilidade do 4G oferecido por empresa conforme o tipo de cidade:
TIM
- urbana: 84,2%
- intermediária: 62,6%
- rural: 52,9%
Vivo
- urbana: 74,9%
- intermediária: 52,3%
- rural: 41,5%
Claro
- urbana: 74,7%
- intermediária: 45,9%
- rural: 37,4%
Oi
- urbana: 63,9%
- intermediária: 22,5%
- rural: 13,6%
A situação é consideravelmente melhor quando o 3G entra na conta:
Vivo
- urbana: 91,5%
- intermediária: 84,2%
- rural: 80,4%
Claro
- urbana: 92,6%
- intermediária: 80,7%
- rural: 75,9%
TIM
- urbana: 92,1%
- intermediária: 79,5%
- rural: 74,6%
Oi
- urbana: 79,8%
- intermediária: 45,9%
- rural: 37,5%
A OpenSignal pontua que a disponibilidade do 4G chega a 90% na Ásia, Europa e América do Norte. São apenas quatro países em que todas as empresas entregam o serviço em mais de 90% do tempo: Hong Kong, Japão, Holanda e Coreia do Sul.
A situação do 4G no Brasil tende a melhorar à medida que mais operadoras passarem a destinar a frequência de 700 MHz para a tecnologia móvel de quarta geração, comenta a consultoria. Para quem não lembra, essa foi a porção do espectro usada pela TV analógica antes de haver a migração para a TV digital.
O uso dessa faixa, aliás, já começou a ter impacto, segundo dados da OpenSignal. A empresa cita como exemplo o caso do Rio de Janeiro, cuja disponibilidade de 4G era de 70% no começo de 2018, mas saltou para 78% em março de 2019.
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