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Nintendo Switch: "tenho há mais de um ano e virou companheiro inseparável"

Portabilidade é o principal trunfo do Nintendo Switch - Divulgação/Nintendo
Portabilidade é o principal trunfo do Nintendo Switch Imagem: Divulgação/Nintendo

Rodrigo Lara

Colaboração para Tilt

17/09/2019 04h00

O Nintendo Switch não é nenhuma novidade. Ele foi lançado há pouco mais de dois anos e desde então colecionou fãs pelo mundo ao ser o primeiro console híbrido: ou seja, que pode ser jogado tanto usando uma TV quanto um videogame portátil.

Eu tenho um desses há um ano e meio e, desde então, ele acabou se tornando um companheiro inseparável. Tá certo que eu ainda não levo ele para todo tipo de rolê —mais por questões de segurança— mas o aparelho já marcou presença em diversas reuniões de amigos. E agora eu vou contar a minha experiência com ele.

Mesmo sendo dono de um PlayStation 4 e de um Xbox One, os dois videogames mais potentes da atual geração, desde que o Switch foi anunciado pela Nintendo ele acabou virando meu objeto de desejo. Especialmente porque eu queria há tempos um console da Nintendo —algo que não acontecia há mais de 20 anos— mas nada do que ela lançava me cativava.

A promessa de que o videogame contaria com jogos de produtoras de peso também influenciou a decisão: a ausência de suporte do tipo foi a principal causa de fracasso do último aparelho da Nintendo até então, o Wii U.

O Switch também traz formas diferentes de se jogar. Com controles destacáveis, ele permite que duas pessoas joguem ao mesmo tempo sem que você precise comprar controles adicionais, por exemplo.

Mas os principais fatores que influenciaram a minha compra foram outros dois: ter acesso a jogos da Nintendo, como "Mario" e "Zelda", e seu conceito híbrido. Como o videogame é vendido em versão única, não tive que pensar para escolher uma versão, como acontece com consoles da concorrência.

Em seu kit básico, eu paguei cerca de R$ 1.700 para levar o videogame para casa. Esse valor pode flutuar em decorrência da cotação do dólar, como veremos adiante. Não é baixo, mas é competitivo se considerarmos o valor cobrado pelas versões básicas de PlayStation 4 e pelo Xbox One.

Ao abrir a caixa do Switch, você vai encontrar alguns itens: o corpo principal do aparelho (com a tela), dois Joy-Cons (que são os controles do aparelho e ficam conectados nas laterais da tela), uma fonte de alimentação, um suporte para que ele seja ligado na TV por cabo HDMI, um cabo HDMI e duas tiras de segurança para os Joy-Cons (para evitar que você os arremesse longe quando eles são usados destacados do console).

A não ser que você tenha uma TV por perto para usá-lo no modo "de mesa", a primeira coisa que você fará com um Switch é conectá-lo na tomada por alguns minutos (uns 20, mais ou menos).

Nintendo Switch - Divulgação/Nintendo - Divulgação/Nintendo
Este é o conteúdo principal do Nintendo Switch
Imagem: Divulgação/Nintendo

Com essa carga inicial, basta ligar o console e seguir o passo a passo inicial, o que inclui configurações básicas de idioma —apesar de não ser vendido oficialmente no Brasil, é possível deixar menus em português—, horário, conexão com internet, entre outros.

Geralmente o videogame baixará uma atualização de sistema operacional ao ser conectado a uma rede Wi-Fi, então essa é uma boa hora para criar uma Conta Nintendo. Essa conta será o seu "login" no aparelho e também servirá para que você compre jogos em formato digital na loja online, que pode ser acessada diretamente nos menus do videogame.

Por falar em jogos, uma má notícia: o Switch não vem com nenhum na caixa. Assim, ou você compra um junto com o console ou faz isso por meio da loja online do videogame. Nas versões em mídia física, os jogos utilizam cartões flash, que são inseridos na parte superior do aparelho.

Já em mídia digital eles ocupam espaço da memória do aparelho. E aqui há uma má notícia: o Switch tem apenas 32 GB de memória interna. Há a possibilidade de você utilizar um cartão micro SD de até 2 TB para expandir a memória do aparelho; as versões de cartões de melhor desempenho, como SDHC e SDXC, são mais recomendáveis.

Esse acaba sendo quase que um gasto obrigatório caso você queira ter um Switch, especialmente porque o acesso a jogos digitais é muito mais simples —você não vai querer ficar apagando e baixando jogos o tempo todo, não é mesmo? Eu fiz isso e adquiri um cartão de 256 GB, que vive lotado, por sinal.

Outro gasto que eu recomendo é um case para transporte. Você acha isso fácil em lojas online e é um investimento que vale a pena, já que ele evita danos à tela do aparelho. Uma película também ajuda a completar o pacote.

Fãs passam por logo do Nintendo Switch durante a E3 2019 - Frederic J. Brown/AFP - Frederic J. Brown/AFP
Nintendo Switch já ganhou inúmeros fãs ao redor do mundo
Imagem: Frederic J. Brown/AFP

De maneira geral, operar o Switch é algo simples. Para jogar no modo "de mesa", basta conectar no suporte para TV (que fica ligado diretamente à TV pelo cabo HDMI e à fonte de alimentação), sem qualquer configuração adicional.

Já no modo portátil, a bateria do console é a grande vilã. Ela pode durar até quatro horas para jogos que exigem menos processamento do videogame. Já para games mais "pesados", a autonomia do Switch é de pouco menos de duas horas. É bom levar a sua fonte caso queira sair com o videogame por aí.

Não é exagero dizer que levo meu Switch comigo sempre que vou passar alguns dias longe de casa. Como possuo dezenas de jogos no aparelho, sempre tenho uma opção para me distrair, seja com games que exigem uma sessão de jogo mais longa ou, ainda, aqueles que você pode jogar por poucos minutos de cada vez.

Hoje, ele divide a atenção com meus outros videogames. Não acho que teria apenas um Switch, especialmente porque há franquias de games que eu gosto e encontro apenas no PlayStation 4 ou no Xbox One.

Além disso, mesmo sendo versátil e contando com jogos bonitos, o Switch não tem um hardware do mesmo nível que os aparelhos de Sony e Microsoft. Se você curte ver o máximo que a tecnologia tem a oferecer, dificilmente será no Switch que você encontrará isso.

Mesmo não sendo um aparelho disponível oficialmente no Brasil, não é difícil encontrar lojas que vendam o Switch por aqui via importação. Com o dólar alto, o preço não é dos mais convidativos: geralmente em torno de R$ 2 mil.

Outra opção é aproveitar uma viagem ao exterior para adquirir o aparelho ou contar com a bondade de algum viajante conhecido. Nos Estados Unidos, o videogame sai por US$ 299, pouco mais de R$ 1.200 em conversão direta.

Os jogos, por sua vez, têm preços que variam. Grandes produções costumam ser lançadas por US$ 60 (pouco mais de R$ 240), mas há lançamentos que chegam ao mercado por preços menores.

A cada 15 dias, Tilt te mostra algum produto que não está disponibilizado oficialmente no Brasil para você entender para que as pessoas usam essas tecnologias vendidas no exterior.

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