Google suspende pesquisa de melhoria de reconhecimento facial após polêmica
O Google está suspendendo temporariamente a pesquisa de melhoria de sua tecnologia de reconhecimento facial para o Pixel 4, smartphone da empresa que deve ser apresentado ainda em outubro de 2019. A informação foi divulgada pelo jornal New York Daily News na última sexta-feira e confirmada por veículos como The New York Times e The Verge.
De acordo com o diário, a empresa financiou um projeto de reconhecimento facial que utiliza de "táticas dúbias" com o objetivo de recolher dados de pessoas, incluindo tons de pele. A meta era construir um banco de dados para que o Pixel 4 não sofra com viés racial na identificação do usuário. Antes, a tecnologia de reconhecimento facial apresentou problemas para identificar pessoas de pele mais escura.
Reportagens apontam que uma colaboradores do Google ofereceram créditos para presentes de US$ 5 a pessoas que aceitassem ceder uma imagem escaneada de seu rosto para o banco de dados. A principal polêmica envolveu uma agência contratada pela empresa, que buscava imagens de moradores de rua em Atlanta e que persuadia estudantes sob o pretexto de testar um novo aplicativo.
Nina Hickson, promotora da cidade de Atlanta, comunicou o Google por e-mail a respeito da situação envolvendo os moradores de rua. "A possibilidade de que membros de nossas populações mais vulneráveis estejam sendo exploradas para o avanço dos interesses comerciais de sua companhia são profundamente alarmantes por numerosas razões", disse a promotora no texto.
Originalmente, o Google alegou que a ideia era assegurar que o desbloqueio por reconhecimento facial do Pixel 4 trabalharia com diversos traços do rosto, sem incluir entre eles o tom da pele.
Porém, a empresa informou que o programa foi suspenso e que uma investigação foi aberta após a divulgação da história. Embora a decisão não confirme alegações individuais, o Google teria afirmado, segundo o The Verge, que as questões apontadas são "muito perturbadoras".
Ao site, o Google afirmou que "assegurou-se de ter oferecido orientações aos pesquisadores a respeito da transparência com as pessoas das quais se aproximaram para o escaneamento facial". "Estamos levando as questões muito a sério e investigando-as", afirmou a empresa em nota.
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