Pesquisador brasileiro flagra nascimento de duas estrelas
O nascimento de duas estrelas foi flagrado em alta resolução por um grupo de pesquisadores coordenados pelo astrofísico mineiro Felipe Alves. O registro foi feito a partir do telescópio Alma, localizado no Deserto do Atacama, no Chile. Na imagem, considerada inédita, as duas estrelas jovens aparecem crescendo em meio a dois discos, alimentadas por uma complexa rede de filamentos de gás e poeira, em formato semelhante ao de um "pretzel".
Segundo o pesquisador, a observação do fenômeno ajuda a compreender as fases iniciais da vida das estrelas e auxilia os pesquisadores a determinarem as condições nas quais elas nascem. As duas estrelas-bebês foram encontradas no sistema [BHB2007] 11, que faz parte das nuvens de poeira interestelar denominadas Nebulosa do Cachimbo, a 600 anos-luz da Terra.
O estudo, que contou com a participação do professor Gabriel Franco, do Departamento de Física da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), foi publicado em 3 de outubro na revista norte-americana Science. A pesquisa teve origem há cerca de 15 anos, quando Alves fazia mestrado na UFMG sob orientação de Franco. Na época, ele começou a analisar a nebulosa, apesar de não ter equipamentos tão potentes quanto o telescópio Alma.
Segundo Alves, as duas estrelas jovens estão em meio a discos circunstelares - anéis de gás e poeira que as rodeiam. A partir deles os astros acabam incorporando matéria do anel e crescendo. Conforme o pesquisador, o tamanho de cada disco é semelhante ao cinturão de asteroides do Sistema Solar. A separação entre eles é 28 vezes maior do que a distância entre a Terra e o Sol.
Atualmente Alves faz pós-doutorado no Centro de Estudos Astroquímicos do Instituto Max Planck de Física Extraterrestre, em Munique, na Alemanha
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