Rumo à Lua: novo traje espacial da Nasa é mais seguro e tecnológico, veja
Sem tempo, irmão
- Nasa detalhou novas tecnologias do remodelado traje espacial
- Astronautas que voltarão para a Lua em 2024 utilizarão essas novas roupas
- Trajes são mais tecnológicos, confortáveis e maleáveis
- Agência já projeta testes das roupas antes das novas missões lunares
A Nasa (agência espacial norte-americana) quer voltar para a Lua até 2024 e com uma novidade: um novíssimo traje espacial redesenhado para as futuras missões no nosso satélite. Nesta semana, a agência detalhou como vem construindo essa atualização da roupa dos astronautas para o século 21.
De acordo com a Nasa, o novo traje vai permitir "alcançar muitas mais tarefas complexas que os antecessores". Novas tecnologias tornaram a roupa mais segura, ágil e confortável do que todas as anteriores. Ela ganhou até um nome rebuscado: Exploration Extravehicular Mobility Unit (xEMU, na sigla) - ou Unidade Móvel de Exploração Extraveicular, na tradução literal.
O traje remodelado faz parte do Projeto Artemis da Nasa, que visa colocar a primeira mulher na Lua e outros homens no satélite até 2024. A pesquisa busca utilizar novas tecnologias para explorar o solo lunar como nunca antes - e, claro, pavimentar o território para a vindoura primeira missão tripulada para Marte, que pode passar pela Lua.
As novas roupas são baseadas nos trajes da Apollo, mas contarão com muitas tecnologias atualizadas. Abaixo, conheça mais sobre o traje que os astronautas utilizarão:
Mais seguro
Segundo a Nasa, as pesquisas realizadas com os humanos das missões Apollo na Lua e por outras sondas na sequência permitiram tornar a roupa mais adequada para o solo do nosso satélite. Com as amostras trazidas, descobriu-se que o grande perigo é a composição do solo, que conta com fragmentos semelhantes a vidro.
Para evitar problemas aos astronautas, o novo traje conta com tolerância maior a pó para prevenir inalação ou contaminação dos sistemas de suporte à vida da roupa. O traje também agora aguenta temperaturas mais extremas - entre -156º C na sombra a até 121º C sob a luz do Sol.
Aquela "mochila" que os astronautas levam às costas - que é nada menos do que o sistema de suporte à vida - também foi melhorada. A miniaturização de tecnologias permitiu que o sistema seja construído em duplicatas, diminuindo o perigo de falhas. Isso também pode aumentar o tempo de caminhada fora da base.
Mais mobilidade
As caminhadas, inclusive, ficaram melhores com o novo traje - a mobilidade foi aumentada e serão menos comuns quedas ou tropeções como os vistos no projeto Apollo. Aqueles "pulinhos" dos astronautas eram até engraçados à primeira vista, mas não era o ideal pelo esforço exigido dos humanos no espaço.
A "carcaça" pressurizada visa proteger o astronauta de danos causados por temperaturas extremas, radiação, pequenos meteoritos e pressão atmosférica reduzida. A composição dela varia entre o tronco superior, o capacete, o tronco inferior e uma peça de resfriamento.
A parte inferior do torso, agora, conta com materiais avançados de articulação que permitem dobrar e girar os quadris ou aumentar a flexão dos joelhos. Botas de caminhada com solas flexíveis também estão entre as novidades.
Já o tronco superior teve melhora na área dos ombros, que permitirão aos astronautas mover os braços mais livremente. Assim, os humanos no espaço conseguirão levantar objetos sobre a cabeça ou alcançar mais áreas do corpo no traje pressurizado.
O capacete, por sua vez, ganhou um sistema redesenhado de comunicações. Foram implantados múltiplos microfones ativados por voz que poderão automaticamente captar a voz do astronauta quando ele conversar com algum parceiro no espaço ou com a base em Houston.
Para vários planetas
O novo traje já foi desenhado com a possibilidade de irmos além da Lua. Ele conta com partes intercambiáveis que podem ser configuradas para a microgravidade ou para a superfície de um planeta. Sendo assim, ele pode ser atualizado para ser usado na Estação Espacial Internacional, na Lua, em Marte...
Além disso, os novos trajes vão ser personalizados para o biotipo de cada astronauta. Isso ocorrerá graças a escaneamentos 3D do corpo inteiro dos astronautas enquanto eles realizam alguns movimentos e posturas que são esperados na caminhada espacial. Com isso, a roupa ficará evidentemente mais confortável.
Em teste
Antes da ida para a Lua, os trajes e vários outros componentes serão testados com astronautas na Estação Espacial Internacional. Atualmente, a nova roupa já está sendo testada aqui na Terra, embaixo d'água.
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