Sasha é uma cadela italiana, conta criador do filtro que bombou no Insta
Sem tempo, irmão
- Desenvolvedor de software de Pádua, na Itália, é autor do filtro que bombou no Brasil
- Sasha é sua cachorra na vida real, uma mistura de pastor alemão com maremano
- Em um dia de calor, ela ficou parada e permitiu "posar" para o filtro
- Antonio Ruggiero lamenta que alguns celulares não aceitam o filtro
Quando Antonio Ruggiero contabilizou seus seguidores no Instagram no começo de outubro, ele tinha cerca de 30 mil. Nada mau. Mas em duas semanas, esse número cresceu para 210 mil. O motivo? Uma cadela chamada Sasha, que inspirou o filtro de realidade aumentada no Instagram que viralizou no Brasil.
Sim, cadela. O sexo do animal foi a primeira surpresa que Tilt teve ao conversar com o desenvolvedor de software de Pádua, na Itália, de 26 anos. Sasha tem cinco anos de idade e é uma mistura de pastor alemão e maremano.
Ou seja, apesar de todo mundo dizer que o "doguinho caramelo era a cara do Brasil", de tupiniquim ela não tem nada.
"Eu estava experimentando uma técnica chamada fotogrametria, que consiste em criar um modelo 3D a partir de fotos. Para o teste, eu estava usando objetos. Minha cadela, todo dia, nunca fica parada. Ela sempre corre por aí. Mas um dia ela estava agachada, na sombra, porque estava um dia muito quente. Então eu tentei fazer um vídeo dela, e depois que eu criei o modelo 3D", conta ele sobre o dia que teve a inspiração do filtro.
Sasha não é o primeiro filtro de Instagram que o italiano criou. Em suas redes sociais, ele já tinha postado exemplos de seu trabalho com um dinossauro. O "Sasha dog" foi o primeiro feito por diversão, sem pretensões. Mal sabia ele...
No dia seguinte ao upload do filtro no Instagram, eu até pensei: 'talvez alguém veja meu filtro e eu possa conseguir algumas curtidas'. Acho que mais do que alguém viu meu filtro
Antonio Ruggiero
Não foi só no Brasil que Sasha bombou. Segundo ele, antes de nós, muita gente na Malásia também adorou o filtro.
"Eu nunca pensei que algo assim poderia acontecer. Eu estava despreparado. Principalmente quando muitas pessoas começaram a me marcar nas histórias e a me escrever", disse ele, sobre o sucesso.
Com o pessoal da Malásia ele sofreu para conversar, copiou e colou frases no Google Tradutor e tentou se fazer entender. Já com os brasileiros, arriscou algumas palavras em italiano que são parecidas com o português. Ainda assim, com a quantidade de gente escrevendo para ele aumentando todos os dias, percebeu que não poderia responder a todos. "Sinto muito por isso", falou.
Por que o filtro não dá certo em todos os celulares?
Para dar uma atenção especial aos brasileiros, Ruggiero convidou uma amiga brasileira para ser sua porta-voz no Instagram Stories.
O principal motivo das interações é na verdade a reclamação de muita gente dizendo que o filtro não funciona para eles. A justificativa? "Alguns smartphones não têm giroscópio [sensor usado para indicar as mudanças de direção de um objeto em movimento]. Isso é essencial para a realidade aumentada [do filtro]", explica.
Ele diz que adorou as formas criativas com que os brasileiros têm usado o filtro —chegou a postar alguns em sua conta.
E alguma mensagem para o Brasil? "Quero dizer muito obrigado aos brasileiros E sinto muito se alguém não pode usar o filtro", reforçou.
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