Google Home Hub: "é ótimo, mas o grande defeito é que não fala português"
Resumo da notícia
- O Google Home Hub é um alto-falante com assistente de voz integrado
- O grande diferencial é a tela de 7 polegadas que consegue reproduzir vídeos online
- O dispositivo ainda não aprendeu a falar português, mas é útil para quem quer otimizar as tarefas do dia a dia
Cara de tablet, caixa de som potente e com inteligência artificial do Google. Só falta falar? Bom, na verdade ele já fala, mas ainda não faz isso direito em português. E esse é o único grande defeito do Google Home Hub, alto-falante inteligente da empresa que se destaca por ter uma telinha esperta.
O modelo da família de caixas de som do Google foi lançado em outubro de 2018 para agradar um público cada vez mais sedento pelos assistentes pessoais de voz, que faz desde coisas simples como ouvir música até controlar aparelhos eletrônicos com um simples pedido.
Dados do ano passado indicam que um Google Home (englobando outros modelos) era vendido por segundo nos Estados Unidos. Infelizmente, por aqui, ainda nem sinal do Google Home Hub chegar oficialmente. Mas, se você curte a tecnologia, confira a seguir como a minha experiência com o aparelho.
O Google Assistente para celular foi lançado em 2016. De lá para cá, a tecnologia evoluiu bastante e se tornou bem popular em uma série de outros dispositivos: televisões, geladeiras, aspiradores de pó. Mas os alto-falantes ainda são os queridinhos quando o assunto é ajudar nas tarefas diárias e tornar a casa toda conectada.
Eu tive a oportunidade de usar o Google Home Hub depois que uma amiga muito querida me deu um de presente. Ela adora tanto os alto-falantes com assistentes de voz (de outras marcas também) que possui pelo menos três espalhados pela casa.
Ela mora nos Estados Unidos e costuma usar o dispositivo para acender e apagar as luzes, traduzir coisas, tirar dúvidas de receitas, ouvir músicas, salvar lembretes e compromissos.
No Brasil, essa transformação para a casa conectada ainda parece meio distante. Mas não tem volta. Isso tudo deve mudar em um futuro próximo, assim como já aconteceu lá fora.
Vou ser bem sincera. O meu primeiro contato com o Google Home Hub foi em janeiro deste ano, mas só fui usar com mais frequência no último mês, exatamente para fazer esta pauta. Tudo isso porque o assistente de voz não entendia português e eu me sentia estranha de ficar falando com o dispositivo em inglês. Não me julguem, mas ficava com vergonha, mesmo sendo uma máquina.
Outro motivo importante foi que eu não via ainda tanta utilidade em ficar falando com um aparelho (por favor, continuem não me julgando).
Mesmo trabalhando com tecnologia e tudo mais, eu achava o cúmulo da preguiça ficar pedindo para um dispositivo falar a temperatura do tempo e tocar uma música qualquer. Mudei de ideia utilizando o aparelho com mais frequência.
Sabe aquela percepção de que você nem dá bola direito para uma tecnologia, mas se pergunta como viveu todo esse tempo sem ela? É mais ou menos por aí.
O Google Home Hub tem uma tela de 7 polegadas sensível ao toque. Ela serve para exibir a hora, funciona como porta-retrato digital (compatível com o Google Fotos) e ainda exibe vídeos. Diferentemente do concorrente Echo Show, da Amazon, o modelo não tem câmera integrada. Por isso, não é possível fazer chamada de vídeo.
O processo de configuração é bem simples e dá para fazer diretamente na tela. Você precisa ter uma conexão wi-fi ativada e ir seguindo o passo a passo da instalação.
Com ajuda do aplicativo Google Home, é possível configurar os comandos que você vai utilizar em sua rotina. Eu, por exemplo, determinei que quando eu dissesse "Good Morning" (Bom dia), ele iria falar a temperatura, os compromissos da minha agenda e depois tocar música (dá para definir por uma playlist, um artista, uma música específica ou gênero musical).
É nele que você também pode reconfigurar a sua voz caso ache que o dispositivo não está reconhecendo bem o famoso "Ok, Google".
Depois disso, é só sair falando. A inteligência artificial vai aprendendo ainda mais conforme as interações vão acontecendo.
Observação: dentro do aplicativo é possível alterar o idioma que o assistente de voz vai entender e falar. Eu até consegui adicionar o português, mas ele quase nunca entendia na hora de dar os comandos. Para não ser injusta, ele entendeu duas vezes quando eu disse "Boa tarde". Foi só.
A tela sensível ao toque é prática para vídeos online. Eu uso para ver conteúdos no YouTube (clipes, receitas, tutoriais) e até séries na Netflix. Deslizando os dedos para um lado, você consegue abrir as configurações. Deslizando de baixo para cima, consegue controlar a luminosidade e o volume.
Naqueles dias mais tristes ou estressantes, eu peço para o assistente do Google encontrar uma playlist com músicas felizes para dar um up. Ele tem integração com a minha conta no Spotify. Então, é bem tranquilo. A única ressalva é que ele precisa ficar o tempo todo ligado na tomada. Por isso, optei por deixar no meu quarto (mesmo que o nome dele seja "Sala")
Eu não cheguei a usar como despertador, mas ele funciona como tal. Um outro recurso que achei útil é poder para traçar as rotas quando você precisa. Além do Google Maps, ele funciona com o Waze.
Achei legal também acompanhar as últimas notícias por meio do aparelho. Você pede e ele vai falando. Bem prático para ouvir enquanto você escova os dentes e se arruma para sair.
Outra função que acho que vai ser megaimportante no futuro é a de central de controle para a casa conectada. Não cheguei a testar essa parte pelas limitações que minha casa tinha para o teste. Mas é potencialmente interessante regular lâmpadas, controlar televisores, verificar e avisar o que falta na sua geladeira inteligente, ativar e desativar câmeras de segurança, saber quando o ciclo da máquina de lavar terminou.
O céu é o limite para isso. Por enquanto, a tecnologia serve mais para otimizar algumas tarefas diárias e como entretenimento. Claro que dá para viver sem essa tecnologia, mas ela pode mudar bastante o dia a dia de quem resolver adotá-la.
Para quem não liga de o dispositivo ainda ter dificuldades para entender português, é possível encontrar o Google Home Hub no exterior ou em sites que importam produtos para o Brasil.
Nos Estados Unidos, o alto-falante com tela foi lançado por US$ 149 (cerca de R$ 644, na conversão direta e sem impostos). O modelo é antigo. Por isso, ele deve estar bem mais barato lá fora.
Por outro lado, talvez não seja mais tão fácil encontrá-lo. O Google lançou versões atualizadas (Google Nest Hub e Google Nest Hub Max) e está apostando na comercialização deles.
Os sites aqui do Brasil possuem preços variados. Em um deles o dispositivo custa R$ 599, mas não tem garantia, o que não me parece ser um bom negócio. Pelo preço, o custo-benefício não faz tanto sentido ainda aqui.
A cada 15 dias, Tilt traz para você histórias de quem utiliza um produto que não está disponível oficialmente no Brasil para compras.
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