Moto One Zoom: foco está nas câmeras, mas bateria é que merecia o 1º lugar
O Moto One Zoom foi lançado no Brasil em setembro e é o primeiro celular da Motorola a ter quatro câmeras principais. O modelo é o mais avançado da família "One", que possui os irmãos One Action (com câmera tripla) e Motorola One Vision (bom para fotos noturnas).
Por suas características e preço de lançamento, R$ 2.499, ele se encaixa na categoria de intermediário premium. Ou seja, não chega a ser top de linha, mas tem recursos mais avançados.
Testei o aparelho por uma semana para conhecer de perto o conjunto de lentes. O veredicto é que as câmeras são bem legais, mas a bateria é que merecia todo o destaque.
Confira os detalhes a seguir.
As câmeras triplas de um celular já viraram modinha. A tendência surgiu no ano passado, mas muitas empresas também se apressaram em lançar aparelhos com quatro sensores principais. De fato, a versatilidade na hora de tirar foto fica muito melhor, mas quantidade não é qualidade, certo?
No caso do Moto One Zoom, essa relação é positiva. As suas quatro câmeras trabalham bem e produzem imagens bem interessantes para a categoria.
Cada lente funciona com um objetivo:
- Lente principal: tem 48 MP e produz fotos com bom equilíbrio de cores e detalhes em ambientes com boa iluminação;
- Lente grande angular: tem 16 MP e serve para ampliar o campo de visão. O resultado também é legal;
- Lente telefoto: tem 8 M e permite um zoom ótico de até 3 vezes. O zoom híbrido, que usa elementos digitais, consegue aproximar uma cena em até 10 vezes;
- Sensor de profundidade: tem 5 MP e completa o time. Ela funciona para fazer o modo retrato das fotos.
As fotos noturnas também ficam boas no geral. O Moto One Zoom traz o modo noturno para ajudar quando os ambientes possuem pouca luz. Você só vai precisar segurar bem firme o celular para que a cena não fique borrada.
Observe a diferença nas imagens abaixo. O recurso realmente consegue melhorar as fotos durante a noite. O resultado não é 100% todas as vezes, mas com certeza ele diminui as chances de termos fotos borradas e com pouca definição durante a noite.
A câmera de selfie também é bem legal para a categoria. Ela tem 25 MP e tem recursos como o modo retrato e cor em destaque (você seleciona uma cor na cena e o celular deixa todo o resto preto e branco).
Do ponto de vista de design, o conjunto do aparelho é bacana. A Motorola conseguiu posicionar bem as câmeras principais. Até existe um pequeno relevo, mas não ficou grosseiro.
A proporção da tela em relação ao tamanho do aparelho segue a tendência atual. Ela quase não tem bordas e o corpo do celular tem um visual mais elegante, com um acabamento mais sofisticado.
A câmera de selfie segue dentro de um entalhe em formato de gota, localizado no meio da tela. A Motorola não quis inovar neste sentido, mas talvez precise repensar o assunto se quiser disputar no campo da inovação. Os modelos Zenfone 6, Galaxy A80 e Xiaomi Mi 9T que o digam. Eles criaram as suas próprias formas para as selfies.
A bateria do Moto One Zoom foi uma grata surpresa. Na realidade, acho que ela deveria ser o principal destaque do aparelho.
Tudo bem que as câmeras são legais e inovam bastante. Mas o brasileiro tem exigido cada vez mais um smartphone que não o deixe na mão quando ele mais precisa.
Com um uso mais do dia a dia (um pouco de internet, redes sociais, alguns jogos, podcasts), ela durou em média um pouco mais do que um dia e meio completo. Nos dias em que eu usei ainda mais, o modelo chegou ao final do dia com uma sobra.
Em um teste específico, o One Zoom ficou 11h42 direto reproduzindo um vídeo em sequência. Esse resultado ficou bem próximo ao do Huawei P30 Pro e cerca de só 1h a menos do que o Galaxy A70.
Falando especificamente da tela, o Moto One Zoom trabalha com uma de 6,4 polegadas, com resolução Full HD+. O tamanho é suficientemente bom para assistir vídeos e jogar games pelo celular.
A maratona de sua série favorita está garantida. Eu, inclusive, usei muito o modelo para ficar em dia com as minhas. Você consegue alterar o formato de exibição conforme deseja. É só aproximar ou afastar a tela deslizando os dedos.
O grande diferencial é que o sensor biométrico funciona na própria tela, uma tecnologia que tem se tornando tendência no mercado de smartphones. Não é ultrassônico como o do Galaxy S10, mas dá conta do recado.
O desempenho do Moto One Zoom também teve um resultado positivo. O celular não travou nenhuma vez durante os testes. Deixei vários aplicativos rodando em segundo plano e não tive problemas.
Bom, o modelo foi lançado por R$ 2.499. Algumas semanas depois, já é possível encontrá-lo por a partir de R$ 1.869. Bem melhor, né?
Além do mais, considero que o One Zoom é o celular com melhor conjunto da Motorola apresentado neste ano.
Levando esses aspectos em consideração, me parece vantajoso para alguém que quer um celular mais premium, com câmeras legais e com uma ótima bateria. E que tudo isso fique abaixo do orçamento de R$ 2 mil.
Por outro lado, por essa faixa de preço também já dá para comprar aparelhos top de linha mais antigos (e ótimos), como o Galaxy S9. Por isso, você precisa avaliar bem exatamente quais características fazem a diferença para você.
- Tela: 6,4 polegadas Oled Full HD+
- Sistema operacional: Android 9 Pie
- Processador: Snapdragon 675
- Câmera: traseiras: 48 MP, 8 MP (telefoto), 16 MP (ultra-wide) e 5 MP (sensor de profundidade)/ frontal de 25 MP
- Memória: 4 GB de RAM e 128 GB de armazenamento
- Bateria: 4.000 mAh
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