Após críticas, Google e Oxford tiram gíria de professora como prostituta
Sem tempo, irmão
- Gíria definia professora como "prostituta com quem jovens iniciam vida sexual"
- Internautas reclamaram e passaram a dar feedback contra significado
- Alegando desuso, Google diz que significado foi retirado por dicionário parceiro
- Dicionário Oxford justificou afirmando que gíria popular não é mais relevante
Após receber críticas de internautas no começo desta semana por um card que trazia como um dos significados para a palavra "professora" uma associação à prostituição, o Google informou nesta quarta-feira (23) que a definição foi retirada do seu card pela equipe do Dicionário Oxford. O motivo seria que o significado está em desuso.
Na segunda-feira (21), alguns internautas descobriram que, ao buscar por "professora significado" no Google, muitos encontraram como resultado um card com uma definição da profissão associado à prostituição.
No card, que se mostra como um verbete de dicionário, a primeira definição sobre professora dizia "Mulher que ensina ou exerce o professorado". Até aí tudo bem. Mas o segundo significado, chamado pelo verbete de "brasilianismo", diz que uma possível conotação para professora é "prostituta com quem adolescentes se iniciam na vida sexual".
O Google trabalha com alguns dicionários online parceiros e diz que a decisão de alterar o card foi do dicionário Oxford, de onde veio originalmente.
Não editamos nem removemos as definições fornecidas pelos nossos parceiros, que são os especialistas em idiomas. Em relação à palavra 'professora', a Oxford University Press, nossa parceira que trabalha com tradicionais editores de dicionário no Brasil, determinou que a segunda definição está em desuso e não é atual o bastante para ser incluída. A Oxford University Press removeu a definição e essa mudança está refletida nos resultados de dicionário exibidos na Busca para 'professora'
Assessoria de imprensa do Google
A equipe do dicionário Oxford também emitiu um esclarecimento.
Essa definição é fornecida ao Google pela Oxford University Press. Depois de investigar o segundo significado da palavra 'professora', a equipe de Dicionários da Oxford University Press estabeleceu que esta é uma gíria regional em desuso e, neste caso específico, tomou a decisão de removê-la de seu dicionário para resultados de busca
A Oxford University Press diz que adota uma abordagem baseada em evidências para a curadoria do conteúdo de dicionários, por isso frequentemente inclui termos considerados gírias ou como ofensivos.
"Esta definição veio de uma fonte confiável e foi classificada como uma gíria regional, entretanto, não a consideramos popular ou relevante o bastante para que seja mostrada de maneira tão proeminente", complementou.
O assunto repercutiu bastante no Twitter, e a captura de tela também foi compartilhada em apps como o WhatsApp. Em meio às reclamações, as mensagens pediram para os internautas clicarem no link "feedback" (na ponta direita do card) para denunciar o conteúdo ao Google.
Volta e meia aparecem histórias e "desafios" do tipo "digite o termo X no Google e veja o resultado" insinuando que todo mundo virá a mesma resposta do Google, quando não é bem assim. Rolou isso bastante nas eleições presidenciais do ano passado.
Um resultado de busca no Google não é 100% comum a todos. Afinal, o algoritmo de buscas do Google lida com uma série de fatores, e alguns deles são bastante personalizados —ou sejam, mudam conforme o internauta.
Alguns exemplos dos dados que alteram resultados são análise ortográfica e semântica das palavras, classificação de páginas úteis e contexto com base em dados e metadados das páginas e dos usuários.
E mesmo quem viu o card em um determinado momento poderá não vê-lo mais, pois o buscador pode sobrescrever o resultado antigo com notícias sobre esta história, como esta aqui.
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