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Após cinco anos, sonda japonesa Hayabusa2 inicia seu retorno à Terra

A sonda Hayabusa 2 - Jaxa Akihiro Ikeshita
A sonda Hayabusa 2 Imagem: Jaxa Akihiro Ikeshita

Da Agência Brasil

13/11/2019 09h05

A Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (Jaxa) informou que sua sonda está voltando para a Terra após deixar o asteroide Ryugu.

A Hayabusa2 deverá trazer dados que fornecerão informações sobre a formação do sistema solar. A chegada à Terra de uma cápsula com os materiais coletados em Ryugu está prevista para daqui a um ano.

"Acreditamos que a Hayabusa2 fornecerá novos conhecimentos científicos", disse à imprensa o diretor do projeto, Yuichi Tsuda. A sonda trará para a Terra "carbono e matéria orgânica", que proporcionarão dados sobre "como a matéria se distribui por entre o sistema solar, os motivos de sua presença no asteroide e sua relação com a Terra", completou ele.

Segundo a Jaxa, houve a confirmação da partida da sonda, após a ignição dos motores às 10h05 desta quarta-feira (hora de Tóquio). A agência espacial japonesa também divulgou uma imagem do Ryugu, fotografada pela Hayabusa2 a 20 quilômetros de altura da superfície.

A sonda foi lançada em 2014 e alcançou o asteroide em fevereiro e julho deste ano. Ela foi bem-sucedida, em uma missão sem precedentes de pousar duas vezes.

Este ano a Hayabusa2 conseguiu em duas ocasiões pousar em Ryugu, um asteroide situado atualmente a 250 milhões de quilômetros da Terra, mas que dentro de 14 meses passará a apenas nove milhões de quilômetros. Quando a sonda desceu, Ryugu estava a mais de 300 milhões de km da Terra.

A sonda coletou amostras de poeira deste asteroide de 900 metros de diâmetro e cuja origem remonta ao nascimento do sistema solar, há cerca de 4,6 bilhões de anos.

A partir de 20 de novembro, a sonda vai passar cerca de duas semanas fazendo testes de operação de seus motores de íons que a trarão de volta à Terra.

A Jaxa declarou que planeja fazer com que, em novembro ou dezembro de 2020, a Hayabusa2 desconecte uma cápsula de reentrada que deve conter amostras de rochas. Posteriormente, a cápsula será recolhida no estado da Austrália do Sul.

(Com Agência Brasil e AFP)