Essencial à vida! Nasa acha vapor de água em lua congelada de Júpiter
Sem tempo, irmão
- Nasa encontrou vapor de água na Europa, uma das 79 luas de Júpiter
- Satélite tem superfície coberta por gelo, o que sempre intrigou pesquisadores
- Moléculas de água achadas por lá seriam suficientes para encher piscina olímpica
- Ainda que água seja essencial à vida, é cedo para admitir que poderia haver vida na lua
- Missão da Nasa ao satélite em 2020 poderá mostrar se isso é impossível
A Nasa achou um dos elementos essenciais à vida em um corpo celeste relativamente próximo à Terra. A agência espacial norte-americana anunciou nesta terça-feira (19) ter encontrado vapor de água acima da superfície congelada de Europa, uma das 79 luas de Júpiter.
Essa é uma suspeita que tem pelo menos 40 anos. Após ver a primeira foto da superfície repleta de gelo da lua Europa, registrada há quatro décadas pela espaçonave Voyager, cientistas especularam que água líquida poderia ser expelida sob a forma de gêiseres, ou seja, jatos disparados a partir do solo com grande pressão. Isso nunca foi comprovado. Agora, porém, a descoberta de vapor d'água faz cientistas sonharem alto: que, debaixo de tanto gelo, há um oceano maior que o da Terra.
Elementos químicos essenciais (carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo e enxofre) e fontes de energia, dois dos três requisitos para a vida, são encontrados em todo o sistema solar. Mas o terceiro -- água líquida -- é um pouco difícil de encontrar além da Terra. Embora os cientistas ainda não tenham detectado água líquida diretamente, descobrimos a próxima melhor coisa: água em forma de vapor
Lucas Paganini, cientista planetário da Nasa
Paganini liderou a investigação de detecção de água, relatada no jornal Nature Astronomy. A descoberta foi feita por meio de observações a partir do telescópio Observatório W. M. Keck, no Havaí.
A Nasa detectou que o fluxo de vapor é inconstante. Foi observado uma vez durante 17 noites de observação entre 2016 e 2017. Ainda assim, a quantidade de água observada (2,3 kg por segundo) era suficiente para encher uma piscina olímpica.
Para tirar suas conclusões, os pesquisadores usaram um equipamento chamado espectrômetro de massa. Eles mensuraram a composição da atmosfera por meio da análise da quantidade de raios infravermelhos absorvidos ou emitidos pelas partículas. Os pesquisadores constataram a presença de água porque essas moléculas emitem frequências específicas conforme entram em contato com a radiação solar.
Ainda assim, os resultados obtidos poderiam ser "contaminados" pela água presente na atmosfera da Terra, por um erro de cálculo dos equipamentos utilizados. Para driblar o problema, a equipe de Paganini submeteu os registros a uma modelagem computacional. Com isso, conseguiu retirar a possível interferência provocada pela presença de moléculas de água na atmosfera da Terra.
Mesmo com a descoberta, não é possível estabelecer se a lua de Júpiter pode sustentar vida ou não. Isso poderá ficar mais claro após uma missão exploratória que a NASA planeja enviar ao satélite de Júpiter em 2020.
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