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Como seria a Via Láctea se pudéssemos ver as ondas a olho nu

Imagem mostra uma nova visão da Via Láctea - Dra. Natasha Hurley-Walker (ICRAR / Curtin) e equipe GLEAM
Imagem mostra uma nova visão da Via Láctea Imagem: Dra. Natasha Hurley-Walker (ICRAR / Curtin) e equipe GLEAM

De Tilt, em São Paulo

21/11/2019 18h30

O Centro Internacional de Pesquisa Astronômica via Radio (Icrar) divulgou na quarta-feira (20) uma nova imagem da Via Láctea a partir de um radiotelescópio na Austrália.

A imagem do telescópio Murchison Widefield Array (MWA) mostra como seria nossa galáxia se os olhos humanos pudessem ver ondas de rádio.

A astrofísica Natasha Hurley-Walker criou as imagens usando o Pawsey Supercomputing Centre, instalação nacional de computação de alto desempenho em Perth, na Austrália.

"Essa nova visão captura emissões de rádio de baixa frequência da nossa galáxia, olhando tanto em detalhes quanto em estruturas maiores", disse.

A pesquisa mapeia o céu usando ondas de rádio nas frequências 72 e 231 MHz (o rádio FM está próximo de 100 MHz).

Via Láctea, no deserto de Pinnacles, na Austrália  - Paean Ng / Astrordinary Imaging - Paean Ng / Astrordinary Imaging
Via Láctea, no deserto de Pinnacles, na Austrália
Imagem: Paean Ng / Astrordinary Imaging

"É o poder dessa ampla faixa de frequências que nos permite separar diferentes objetos sobrepostos enquanto olhamos para a complexidade do Centro Galáctico", afirmou Natasha.

Usando as imagens, a astrofísica e sua equipe descobriram os restos de 27 estrelas massivas que explodiram em supernovas no final de suas vidas. De acordo com o Icrar, essas estrelas teriam sido oito ou mais vezes mais massivas que o nosso sol antes da destruição delas, milhares de anos atrás.

Mosaico com 28 fotos mostra o arco da Via Láctea sobre o farol de Guilderton, na Austrália - Paean Ng / Astrordinary Imaging - Paean Ng / Astrordinary Imaging
Mosaico com 28 fotos mostra o arco da Via Láctea sobre o farol de Guilderton, na Austrália
Imagem: Paean Ng / Astrordinary Imaging