Amazfit Pace: "bom, bonito e barato, relógio inteligente me serviu em tudo"
Ano novo, vida nova! Resolvi entrar na moda dos smartwatches fitness.
Com a promessa de me ajudar a praticar atividades físicas, seja um treino na academia, uma corrida de rua ou uma simples caminhada, investi em um Amazfit Pace, da Huami, uma divisão da Xiaomi.
O que mais me chamou atenção foi o custo-benefício: comprei em uma ótima promoção por cerca de US$ 70 (menos de R$ 300). A qualidade da construção e dos materiais também foi um fator decisivo.
Em comparação com os concorrentes da mesma faixa de preço, o Amazfit é muito mais bonito, com uma tela discreta, redondinha e com acabamento em cerâmica (mais refinado e resistente a riscos). Lembra a aparência de um smartwatch mais caro, como os da Samsung. Não sou fã dos quadradinhos, como o Apple Watch, prefiro os que parecem um relógio.
O "recheio" dele, mais importante, é na medida para meu uso: monitor de corrida e de queima de calorias, sensor de frequência cardíaca, análise do sono, contador de passos, GPS, previsão do tempo. Dá para para ver quando alguém está ligando para o celular (dá para rejeitar a ligação ou silenciá-la) e receber notificações de emails, SMS, WhatsApp, Telegram.
Ele traz o certificado de resistência à água IP67 (algo bem útil para atividades envolvendo muito suor) e tem uma bateria de 280 mAh que dura muito —até uns seis dias de uso normal ou uns dois, se o monitor cardíaco ficar ligado direto. Oferece comunicação Bluetooth 4.0 BLE (uma versão especial para produtos vestíveis) e Wi-Fi, além de integração para dispositivos Android e iOS.
O Amazfit é um dos poucos smartwatches mais baratos que tem memória interna: são 512 MB de RAM e 4 GB de armazenamento, sendo 2,2 GB deles disponíveis para músicas.
Tem um vídeo-tutorial da Xiaomi que ensina a fazer a configuração inicial do Amazfit Pace. A primeira ação, depois de abrir a caixinha, é colocar o relógio para carregar e baixar o aplicativo gratuito Amazfit Watch em seu smartphone. Depois, é só scanear um QR code para parear os dois dispositivos via Bluetooth.
A primeira pergunta que o smartwatch vai fazer é em que braço ele será usado (direito ou esquerdo —isso influencia na configuração dos sensores) e qual "watch face" (a aparência da tela do relógio) você prefere.
Essa parte do visual possui 21 opções com design, informações e cores diferentes, e você ainda pode customizar com uma foto ou imagem de sua preferência. Eu escolhi uma com hora, contador de passos, distância percorrida e calorias queimadas.
Com dois toques você habilita a tela sensível ao toque do Amazfit. Deslizando para os lados, é possível escolher a função esportiva (bike, caminhada, corrida), programar treinos, ver quantas calorias gastou em uma atividade, iniciar um cronômetro, ver a previsão do tempo e usar a bússola.
Dá para sincronizar seus dados esportivos e de saúde com os aplicativos Mi Fit, da própria Xiaomi, e o famoso Strava —veja como.
Teoricamente, não é possível instalar apps de desenvolvedores externos. Mas há diversos usuários que conseguem fazer isso por meio do arquivo de instalação do app (o apk), com o computador. Eu ainda não cheguei neste nível de confiança. Para quem quiser tentar, este site brasileiro dedicado ao Amazfit tem uma lista de aplicativos que podem ser instalados clandestinamente no smartwatch.
A tela de 1,34 polegadas (3,4 cm) tem resolução HD, fundo transflectivo e um ótimo controle automático de brilho, o que facilita a visualização durante atividades ao ar livre sob o sol. E ela fica sempre acesa para mostrar as horas.
A pulseira em silicone é macia e de boa qualidade, com muitos furos de ajuste (meu braço é bem fino e serviu bem). Quando você compra o relógio, pode escolher entre laranja (quase vermelho) e preta —mas há opções em outras cores e materiais, vendidas separadamente por diversos fabricantes (é de tamanho padrão, 22mm). Eu mantive a pretinha básica.
Não sou uma exímia esportista, então estou bem satisfeita com as funções do meu Amazfit Pace. Uso principalmente quando vou à academia ou quando ando de bicicleta ou patins.
É um ótimo smartwatch para o dia a dia, mesmo aqueles sem atividades físicas. Faço um controle da minha saúde e monitoro as redes sociais ao mesmo tempo —de quebra, consigo ver sempre as horas, claro. Não preciso mais ficar tirando o celular da bolsa constantemente.
O monitor cardíaco, algo raro de se encontrar nos smartwatches fitness mais baratos, pode ficar o tempo todo ligado (consome bem mais bateria) ou apenas durante as atividades.
Você pode configurar um alerta para avisar toda vez que o seu ritmo de batimento ultrapassar o previsto para o seu perfil. No meu caso, o relógio automaticamente apresentou 157bpm, considerando o meu porte físico e idade.
Essa medição não é 100% precisa, como acontece em muitos dispositivos do tipo. Em geral, fica um pouco abaixo do valor real, mas me dá uma boa noção.
Com ele controlo os players de música do meu iPhone —por exemplo, passo para a próxima faixa no Spotify. E, como tem memória interna, baixei algumas músicas direto no Amazfit para poder praticar um esporte só usando ele e um fone bluetooth, sem precisar levar o celular. Dá para armazenar até 500 músicas. Isso é bem útil à noite, quando temo algum possível assalto, ou se estou com uma roupa sem bolsos.
Também gosto de monitorar meu sono, apesar do leve incômodo de dormir de relógio, e programar o despertador (vibrações no seu pulso). Ele me mostra quantas horas eu dormi, calcula a porcentagem de sono profundo (de acordo com as variações no ritmo cardíaco e movimentos) e analisa a qualidade do tempo dormido, comparando com dias anteriores e dando dicas para melhorar. Para uma pessoa que sofre com sono leve como eu, é uma função bem legal.
Se você trabalha o dia todo na frente do computador, pode ativar um alarme que avisa quando você passou tempo demais sentado. Uma pequena vibração lembra que você precisa esticar as pernas.
Tudo funciona muito bem, fácil e rápido, mesmo com sistemas diferentes — meu celular é iOS e o Amazfit usa um software proprietário, mas que é baseado em Android. Ah, e "fala" inglês.
Os preços mais tentadores estão, claro, nos sites chineses, como Wish, Gearbest e Aliexpress (comprei o meu nesta última e chegou em cerca de um mês, sem taxas extras). Lembrando que uma compra dessas está sempre sujeita a impostos de importação, burocracias da Receita Federal, demora na entrega (pode chegar a três meses) ou até mesmo desaparecimento do produto. O lado bom é que você pode, como eu, encontrar uma promoção legal e pagar menos de R$ 300 em um belo smartwatch (o preço cheio é cerca de US$ 120).
Para quem não quer correr o risco ou precisa do produto mais rapidamente, dá para apelar aos marketplaces brasileiros, como Mercado Livre. Os preços atualmente variam entre R$ 600 e R$ 800. Só verifique se o produto já está no país ou não —neste caso, também terá de lidar com a demora. De qualquer forma, o produto não será coberto por garantia.
Por enquanto, a loja brasileira oficial da Xiaomi apenas comercializa a pulseira esportiva Mi Band 3, um produto mais simples e barato (R$ 199).
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