Dados expostos! Hackers atacaram empresa ligada ao impeachment de Trump
Hackers russos invadiram o sistema da empresa ucraniana de gás Burisma, que está diretamente envolvida no processo de impeachment do presidente americano Donald Trump, segundo informações publicadas pelo The New York Times na segunda-feira (13). De acordo com o jornal, os hackers seriam ligados ao Departamento Central de Inteligência da Rússia (GRU).
Trump pressionou o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, para que investigasse possíveis irregularidades na Burisma ligadas a Hunter Biden, filho do presidenciável democrata Joe Biden, que trabalhou na direção da empresa. O contato entre os presidentes dos EUA e Ucrânia foi o estopim para o processo de impeachment de Trump, que será enviado ao Senado para o julgamento do republicano.
Segundo o New York Times, as tentativas de invasão à Burisma começaram em novembro, quando a possibilidade de impeachment de Trump ganhou força. Não foi possível saber o que os hackers pesquisaram ou encontraram, mas especialistas ouvidos pelo jornal americano acham que os russos estavam em busca de materiais que possam comprometer os Bidens, ou seja, o mesmo tipo de informação solicitada por Trump.
Autoridades americanas acreditam que os russos estão, novamente, tentando invadir sistemas eleitorais vulneráveis às vésperas da eleição, assim como ocorreu em 2016, quando emails da então candidata Hilary Clinton foram hackeados durante a campanha. As mensagens da candidata democrata foram espalhados pela rede.
O New York Times informa que a empresa Área1, que detectou os hackers russos, apontou que eles usaram técnicas de phishing para roubar nomes e senhas dos usuários. Para isso, os invasores teriam criado sites falsos que imitavam as páginas de entrada das subsidiárias da Burisma e distribuído para funcionários da companhia, fazendo parecer que estavam acessando o site da empresa.
Sobre a invasão dos hackers, o porta-voz de Joe Biden afirmou ao New York Times que é uma indicação da força política de Biden e uma forma de reconhecimento da parte de Trump de que não pode derrotar o democrata nas eleições deste ano, além de ressaltar a ideia de que Vladimir Putin também o vê como uma ameaça.
Hunter Biden foi contratado pela Burisma enquanto seu pai era vice-presidente no governo de Barack Obama e liderava os acordos do governo americano junto à Ucrânia, incluindo esforços para que o principal promotor daquele país fosse demitido por corrupção. Aliados de Trump afirmam que Biden apoiou o afastamento do promotor porque a companhia de gás estava sendo investigada e seu filho poderia estar envolvido.
Apesar disso, nenhuma evidência das alegações de Trump e seus aliados foram encontradas —-e os russos parecem ter se junto à caçada por provas.
O The New York Times tentou contato com o governo russo e com a Burisma, mas não obteve retorno.
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