Mau tempo adia para amanhã inauguração de estação brasileira na Antártica
A Marinha adiou a inauguração da estação brasileira na Antártica, prevista para a tarde de hoje, devido às condições meteorológicas.
De acordo com o órgão, devido ao clima não foi possível levar autoridades de Punta Arenas para a Antártica.
A previsão é de que o evento aconteça amanhã, às 17h, mesmo horário que o evento aconteceria hoje. O vice-presidente Hamilton Mourão participará da cerimônia.
Com capacidade para 64 pessoas, o novo prédio substituirá a base destruída por um incêndio em fevereiro de 2012. Na ocasião, dois militares morreram e 70% das suas instalações foram perdidas.
O governo federal investiu cerca de US$ 100 milhões na obra, e a unidade recebeu os equipamentos mais avançados do mundo. No local, pesquisadores vão realizar estudos nas áreas de biologia, oceanografia, glaciologia, meteorologia e antropologia.
Como é a nova estação na Antártica
O novo prédio da Estação Comandante Ferraz, base de pesquisa do Brasil na Antártica, fica na ilha Rei George, na Baía do Almirantado, e foi erguido ao lado da atual base, que tem estrutura provisória. Ocupando uma área de 4,5 mil metros quadrados, a estação poderá hospedar 64 pessoas, segundo a Marinha.
O novo centro de pesquisas vai contar com 17 laboratórios. Cientistas da Fiocruz, por exemplo, estão entre os primeiros a trabalhar na nova estação, desenvolvendo pesquisas na área de microbiologia, a partir da análise de fungos que só existem na Antártica, e no poder medicinal desses micro-organismos. A Agência Internacional de Energia Atômica (Aeia) também já confirmou que vai desenvolver projetos meteorológicos na base brasileira.
Para ficar acima da densa camada de neve que se forma no inverno, o prédio recebeu uma estrutura elevada. Os pilares de sustentação pesam até 70 toneladas e deixam o centro de pesquisa a mais de três metros do solo. Os quartos da base, com duas camas e banheiros, abrigarão pesquisadores e militares. A estação também tem uma sala de vídeo, locais para reuniões, academia de ginástica, cozinha e um ambulatório para emergências.
Em todas as unidades da base foram instaladas portas corta-fogo e colocados sensores de fumaça e alarmes de incêndio. Nas salas onde ficam máquinas e geradores, as paredes são feitas de material ultrarresistente. No caso de um incêndio, elas conseguem suportar o fogo durante duas horas e não permitem que ele se espalhe por outros locais antes da chegada do esquadrão anti-incêndio.
A estação tem ainda uma usina eólica que aproveita os ventos antárticos. Placas para captar energia solar também foram instaladas na base e vão gerar energia, principalmente no verão, quando o sol na Antártica brilha mais de 20 horas por dia.
(Com informações da Agência Brasil)
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