Mourão exalta presença do Brasil na Antártida em reinauguração de base
A base de pesquisa brasileira da Antártida foi reinaugurada na noite de hoje quase oito anos após ter sido incendiada. Com a presença do vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) e dos ministros Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) e Fernando Azevedo e Silva (Defesa), a cerimônia teve discursos exaltando a presença do Brasil na área, sendo um dos poucos países a realizar pesquisas na região.
O pesquisador Jefferson Simões, professor da UFRGS, lançou um balão meteorológico marcando o início simbólico das atividades no local. O balão tem a função de coletar dados atmosféricos na área.
O vice Hamilton Mourão realizou um discurso homenageando os militares mortos pelo incêndio de 2012 e também elogiando as pesquisas científicas elaboradas pelo Brasil.
"As novas instalações caracterizam o avanço da presença do Brasil neste continente meridional, um avanço qualitativo expresso no compromisso do governo federal com o desenvolvimento das atividades científicas ligadas às questões climática e ambiental", afirmou o general.
Mourão também fez elogios à arquitetura do local, afirmando que o formato em linhas "desperta a admiração do mundo".
No início da cerimônia, o almirante de esquadra Ilques Barbosa Júnior, comandante da Marinha, chamou a estação de "uma verdadeira cidade". Ele também ressaltou que o projeto foi elaborado pelos brasileiros e levou em consideração questões ambientais, além de ter priorizado uso de fontes renováveis de energia.
O evento teve a assinatura do termo provisório de recebimento das instalações e placas de inauguração. Após os discursos, todos os presentes se dirigiram à parte interna da base.
Também estiveram na solenidade o deputado federal Vinícius Carvalho (PRB-SP) e o embaixador Otávio Brandelli, além de pesquisadores e professores.
A nova base
A Estação Antártica Comandante Ferraz foi criada em 1984, mas em 2012 foi atingida por um incêndio de grandes proporções. Na ocasião, dois militares morreram e 70% das suas instalações foram destruídas.
Após as obras terem sido iniciadas ao fim de 2015, a estação entregue conta com 4,5 mil m² e possui capacidade para 64 pessoas. Ela também inclui 17 laboratórios de pesquisa, sendo 14 deles internos e três externos.
O novo prédio, que fica na ilha Rei George, na Baía do Almirantado, foi erguido ao lado da atual base, que tem estrutura provisória.
As obras custaram cerca de US$ 99,6 milhões e a estrutura conta com tecnologia para resistir a abalos sísmicos e ventos de até 200 km/h. No local, pesquisadores vão realizar estudos nas áreas de biologia, oceanografia, glaciologia, meteorologia e antropologia.
O Brasil é um dos 29 países que possui uma estação científica na área. A presença, segundo o Tratado Antártico, garante que quem desenvolve pesquisas na região pode definir sobre o futuro do continente.
Com informações da Agência Brasil
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