Twitter exige que empresa de reconhecimento facial pare de usar suas fotos
O Twitter mostrou seu repúdio contra a iniciativa da empresa Cleawview AI, que usou fotos de usuários da rede social para criar um banco de dados que fornece informações sobre esses. As informações são do jornal The New York Times.
Um porta-voz enviou uma carta esta semana exigindo que a empresa pare de tirar fotos e quaisquer outros dados do site "por qualquer motivo" e exclua-os. A carta de cessação e desistência, enviada na terça-feira, acusou a Clearview de violar as políticas do Twitter.
Tor Ekeland, advogado de Clearview, confirmou ao jornal nova-iorquino que recebeu a carta do Twitter e disse que a empresa "responderá adequadamente".
O Cleanwview AI é usado por mais de 600 agências policiais, que vão desde os departamentos de polícia locais até o FBI e o Departamento de Segurança Interna. As autoridades em questão informaram ao The New York Times que o app os ajudaram a identificar suspeitos em muitos casos criminais.
Outras empresas de tecnologia capazes de construir essa ferramenta, como o Google, optaram por não criar por preocupações que poderiam levar a categorizar seu uso como abusivo.
Entenda o caso
A Clearview AI diz ter construído um banco de dados de três bilhões de fotos de pessoas disponíveis pela web, um trabalho que começou em 2016. As fontes usadas foram sites de buscas de emprego, noticiosos e educacionais, além de redes sociais como Facebook, Twitter e Instagram e serviços como YouTube e Venmo — uma ferramenta de transferência de dinheiro disponível nos Estados Unidos.
A partir de bilhões de imagens, a empresa desenvolveu uma rede neural que converteu tudo em fórmulas matemáticas baseadas na geometria do rosto das pessoas. Estas informações são agrupadas no sistema quando semelhantes e acompanhadas de links dos sites de onde as fotos foram obtidas.
O empresário Richard Schwartz, de 61 anos, é o cofundador da empresa ao lado de Ton-That, 31. Os dois receberam uma primeira rodada de investimentos da empresa Kirenaga Partners e de Peter Thiel, investidor, membro do conselho administrativo do Facebook, fundador e presidente da Palantir Technologies, empresa que fornece serviços ao governo americano e grandes empresas.
Até hoje, a empresa levantou US$ 7 milhões (R$ 29 milhões) de investidores.
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