Óvnis ou satélites? Starlink de Musk são vistos no Brasil e Nova Zelândia
Neste final de semana, moradores de diversas cidades da Nova Zelândia e de Cascavel, no Paraná, olharam para o céu intrigados: uma linha reta de 30 a 40 estranhos pontos brilhantes cruzaram algumas regiões dos dois países e desapareceram pela noite.
OVNIs (objetos voadores não identificados)? Extraterrestres? Estrela cadente diferente? Um satélite quebrado e voltando à Terra? Alguns moradores desconfiaram dessa inusitada aparição.
"O que está acontecendo no céu?", publicou uma internauta com a #auckland.
"Com licença, alguém pode me dizer o que era a gigantesca longa corda de luzes viajando pelo céu em Auckland agora? Não tenho tempo, nem energia para ser um entusiasta de OVNIs", comentou outro.
Mas não era nada disso... O fenômeno tem explicação: o que os neozelandeses e brasileiros viram é nada mais nada menos que a rede Starlink, projeto de telecomunicações no espaço de Elon Musk, fundador da Tesla.
A quarta frota de minissatélites foi lançada pela SpaceX na semana passada, totalizando 240 deles orbitando ao redor da Terra.
Estas são cenas raras, já que a rede Starlink só pode ser vista a olho nu durante as três ou quatro semanas seguintes a um lançamento, enquanto os novos satélites estão bem juntos e em órbita relativamente baixa (290 km de altitude).
Por aqui, os últimos satélites lançados estão passando sobre o nosso céu duas vezes diariamente há alguns dias. Neste final de semana, as condições de observação eram ideais, dependendo apenas de fatores locais como nuvens e chuvas.
Nos próximos dias, porém, as passagens dos satélites pelo Brasil não serão visíveis.
Mas não fique triste. Você pode acompanhar, ao vivo, a trajetória da Starlink 4 por calculadoras astronômicas como as dos sites Heavens Above e N2YO. É possível descobrir os horários exatos das próximas passagens sobre sua localização - e se serão visíveis ou não.
Com o tempo, os satélites vão se separando e, depois, subirão para sua altitude operacional de 550 km. Aí não poderão mais ser vistos a olho nu, pois são pequenos (pesam 230 kg cada um) e não emitem luz própria - o que vemos é a luz do Sol refletida em sua estrutura metálica.
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