46 celulares por minuto: Brasil ativa 24 milhões de smartphones 4G em 2019
O volume de celulares capazes de acessar o 4G cresceu 18% em 2019, informou a Telebrasil, associação que reúne operadoras de telecomunicação, nesta quarta-feira (5). Com isso, o Brasil fechou o ano com 24 milhões de novas linhas que acessam a quarta geração de telefonia móvel.
O 4G se consolidou como a principal tecnologia de conexão móvel do país. Enquanto ela reúne 154 milhões de linhas, o 3G soma 43 milhões de acessos. Já os pontos de banda larga fixa são 33 milhões.
O avanço do 4G ocorreu graças à chegada da infraestrutura por trás da tecnologia a mais municípios brasileiros. Em 2019, 348 cidades passaram a ser atendidas. O avanço da cobertura elevou o alcance do atendimento para 4.777 municípios, onde moram 97% da população.
Segundo o Telebrasil, o nível de atendimento é superior ao exigido pela Agência Nacional das Telecomunicações (Anatel). O esperado é que o 4G estivesse presente em 1.079 cidades em dezembro de 2017. Essa meta, porém, foi alcançada um ano antes.
Enquanto o 4G passou a ser usado por mais pessoas em 2019, o ano foi também aquele em que as discussões a respeito do 5G se intensificaram no Brasil.
A Anatel começou a discutir as regras de como será a licitação da quinta geração de tecnologia celular. A decisão, adiada no fim do ano passado, deve ser tomada nesta quinta-feira (6).
Nesta semana, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) publicou uma portaria que fixa diretrizes para o leilão das faixas de radiofrequência dos 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz. Uma delas é uma solução para a interferência que o 5G pode ter sobre a prestação de TV aberta por meio de antenas parabólicas, serviço que é transmitido em uma faixa próxima à dos 3,5 GHz.
Conforme a determinação do MCTIC, as empresas que vencerem o leilão do 5G arcarão com os custos de para evitar que usuários dessa modalidade de TV sejam afetados.
A portaria também estabelece que a Anatel considere outros aspectos quando fizer o leilão. A agência deverá exigir que as vencedoras do leilão:
- levem 4G ou tecnologia superior para cidades, vilas, áreas urbanas isoladas e aglomerados rurais com população superior a 600 habitantes;
- cubram rodovias federais com banda larga móvel;
- instalem redes alta velocidade, como as de fibra óptica, a municípios ainda sem atendimento;
- compartilhem com outros prestadores infraestrutura como postes, torres, dutos e condutos.
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