Coronavírus: russos fazem "Big Brother" e mostram como é vida em quarentena
Sem tempo, irmão
- Mais de 140 russos vindos de Wuhan, na China, estão em quarentena na Sibéria
- Até agora, nenhum apresentou sintomas de coronavírus
- Para passar o tempo, eles compartilham fotos e vídeos do dia-a-dia no Instagram
- Grupo só vai ser liberado depois de duas semanas
Mais de 140 pessoas estão confinadas por duas semanas em quartos de um sanatório, próximo a Tyumen, no meio de uma floresta no frio da Sibéria. Elas são patrulhadas pela Guarda Nacional da Rússia, não podem receber visitas e estão proibidas de deixar o quarto. Os próprios confinados estão registrando tudo no Instagram.
O que parece ser uma versão sombria do Big Brother é, na verdade, a descrição da quarentena dos russos que viviam em Wuhan, na China, epicentro mundial do coronavírus.
Entediados, os confinados acabam recorrendo às redes sociais, sobretudo ao Instagram, para fazer do período de duas semanas de quarentena um estranho reality show. Eles tiram fotos da rotina, dos filmes que estão assistindo no Netflix para passar o tempo, do jantar oferecido e, até mesmo, fazem sessões de perguntas e respostas para quem está curioso sobre tudo o que está acontecendo.
"Estamos em um local a cerca de 30 km de Tyumen. A quarentena é bem fácil e tranquila. A única coisa é que não podemos entrar em contato com as pessoas que estão nas salas vizinhas. Nós não deixamos nossos quartos. Eles nos trazem comida. Os médicos vêm nos testar: verificar nossas temperaturas, inspecionar nossas gargantas e medir a quantidade de oxigênio em nosso sangue", afirmou o modelo Pavel Lichman, ao jornal inglês The Guardian.
Nas próximas duas semanas, Lichman pretende se exercitar, abastecer sua conta no TikTok, ler livros, ver TV e, claro, responder às diversas solicitações de jornalistas. Ele só não pode deixar o quarto. Caso saia, a contagem das duas semanas zera e ele tem de ficar mais 14 dias.
As pessoas em quarentena contam com a companhia de outro confinado no quarto e ficam apenas com o mínimo para passar os dias.
Até agora, nenhum confinado apresentou sinais de coronavírus. Eles chegaram à Sibéria na quarta-feira (5), em dois aviões militares. Uma equipe médica completamente paramentada com roupas anticontaminação dos pés a cabeça recebeu o grupo.
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