Do tamanho de um polegar, adesivo inteligente pode revolucionar diabetes
Sem tempo, irmão
- Pessoa com diabetes tem que monitorar nível de glicose para aplicar insulina
- Se aplicar mais que o necessário, ela pode ter hipoglicemia, convulsões e morrer
- Adesivo inteligente usa micro-agulhas e quer evitar quadro de ?overdose de insulina?
- A tecnologia, que mede e aplica insulina, pode ser adaptada à outras doenças e drogas
O cotidiano de uma pessoa com diabetes requer atenção especial à saúde. Monitorar o nível de glicose no sangue é parte fundamental do tratamento. Se ele estiver alto, aplica-se insulina, hormônio que quebra a glicose e a transforma em energia.
Quem tem diabetes não produz insulina, ou a produz em baixa quantidade. Assim, sem insulina, é alto o nível de glicose no sangue e a pessoa tem hiperglicemia, que pode danificar órgãos, nervos e vasos sanguíneos.
Por outro lado, se a dose de insulina aplicada for maior que a necessária, o nível de glicose despenca e a pessoa pode ter hipoglicemia, convulsões, entrar em coma ou morrer. A fim de evitar esse quadro de "overdose" de insulina, pesquisadores nos Estados Unidos desenvolveram um adesivo inteligente que pode revolucionar o tratamento da diabetes.
Com quase três centímetros de diâmetro, o adesivo mede o nível de glicose e, se necessário, aplica insulina por meio de micro-agulhas, menores que um milímetro. À medida que o nível volta ao normal, a aplicação diminui ou cessa. Parecido com um adesivo de nicotina, ele foi criado por pesquisadores da UCLA (Universidade da Califórnia de Los Angeles), do Escola de Medicina da Universidade do Texas e do MIT (Massachusetts Institute of Technology).
Os primeiros testes foram em ratos e porcos. O resultado foi publicado na segunda (3) no periódico acadêmico Nature Biomedical Engineering. Em um dos experimentos, o adesivo controlou o nível de glicose de porcos com diabetes do tipo 1 durante 20 horas. O próximo passo será aplicá-lo em pessoas. Zhen Gu, professor de bioengenharia da UCLA e líder do grupo de pesquisa, entrou com um pedido junto ao FDA (Food and Drug Administration, órgão que regula estudos clínicos, entre outras funções) para fazer testes em humanos.
Para Gu, as micro-agulhas podem ser adaptadas para outras drogas e doenças. A tecnologia usada é feita a partir de um polímero que mede a glicose e também guarda insulina. Cada uma das micro-agulhas entra cerca de meio milímetro na pele, espaço suficiente para jogar insulina no corpo.
No tratamento usual da diabetes do tipo 1, a insulina não é produzida naturalmente pelo corpo, e ela deve ser aplicada por injeções feitas com seringas, bombas e um aparelho similar a uma caneta. Não se sabe o que causa a diabetes do tipo 1, que é uma doença crônica não transmissível hereditária.
Quando a diabetes é do tipo 2, o corpo não usa a insulina que produz de modo eficiente ou produz menos do suficiente para controlar a glicemia. Nesse caso, a diabetes pode ser controlada com atividades físicas e planejamento alimentar, sem a necessidade de usar insulina. A causa da diabetes do tipo 2 está relacionada a hábitos alimentares inadequados e falta de exercícios físicos.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2016, o Brasil tem mais de 16 milhões de brasileiros com diabetes, dos quais 90% são do tipo 2.
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