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App para cuspir? Invenção une saliva e smartphone para detectar coronavírus

Getty Images
Imagem: Getty Images

Felipe Oliveira

Colaboração para Tilt

12/02/2020 04h00

Engenheiros da Universidade de Cincinnati (UC), nos Estados Unidos, desenvolveram um laboratório portátil do tamanho de um cartão de crédito que pode ser conectado ao smartphone e diagnosticar doenças infecciosas, como o coronavírus. A tecnologia conecta o usuário com um médico por meio de um aplicativo desenvolvido pela universidade.

"É uma ferramenta de diagnóstico rápido que você pode usar em casa. No momento, são necessárias várias horas ou até dias para diagnosticar em um laboratório, mesmo quando as pessoas estão apresentando sintomas. A doença pode se espalhar", disse Chong Ahn, professor de engenharia elétrica e biomédica da UC, um dos responsáveis pelo desenvolvimento do dispositivo junto com Sthitodhi Ghosh, aluno de pós-graduação da universidade.

Uma gota de sangue ou saliva depositada no chip próprio do dispositivo já é o suficiente para que o diagnóstico seja realizado. Basta o paciente colocar o chip em sua boca e depois conectá-lo no slot personalizado. O dispositivo, então, transmite automaticamente os resultados ao médico por meio de um aplicativo. Além do coronavírus, é possível identificar HIV, malária e outras doenças.

dispositivo portátil cincinnati - Divulgação/ Universidade de Cincinnati - Divulgação/ Universidade de Cincinnati
Dispositivo permite fazer diagnóstico de doenças contagiosas e transmitir os dados ao médico pelo celular
Imagem: Divulgação/ Universidade de Cincinnati

O chip utiliza uma tecnologia que observa a tendência de um líquido aderir à superfície para extrair uma amostra de dois canais. Enquanto um canal mistura a amostra com anticorpos de detecção liofilizados, o outro contém um material luminescente liofilizado para ler os resultados quando as amostras divididas se combinarem novamente em três sensores.

"O desempenho é comparável aos testes de laboratório. O custo é mais barato. E é fácil de usar. Queríamos simplificar para que qualquer pessoa pudesse usá-lo sem treinamento ou apoio", disse Ahn.

A possibilidade de fazer os testes com a saliva, o que é menos invasivo do que uma picada de agulha, evita o estresse que um teste comum traz ao paciente. "Se você está estressado por receber uma picada no dedo, isso já cria um viés no teste", disse Sthitodhi Ghosh.

O dispositivo também teria potencial para a avaliação de condições associadas à saúde mental. Segundo Ahn, seria possível ajudar os médicos a correlacionar como os pacientes se sentem com as mudanças em sua bioquímica por meio de testes rotineiros de hormônios ou biomarcadores associados à depressão ou ansiedade.

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