Por que querem que um satélite vire bola de fogo ao entrar na atmosfera?
Sem tempo, irmão
- O Qarman é um satélite-cubo do tamanho de uma caixa de sapatos
- O retorno está marcado para 17 de fevereiro e o satélite vai levar seis meses para queimar
- O objetivo é ter uma noção melhor de como as coisas queimam lá em cima
- Cientistas acreditam que dados ajudarão na luta pela redução do lixo espacial
A Agência Espacial Europeia (ESA, sigla em inglês) vai mandar de volta para a Terra um satélite em uma missão suicida, com a única finalidade de fazer com que ele vire— de propósito— uma bola de fogo na atmosfera terrestre.
O Qarman é um satélite-cubo do tamanho de uma caixa de sapatos lançado no espaço em dezembro do ano passado, durante uma missão de reabastecimento de carga para a Estação Espacial Internacional. No próximo dia 17 de fevereiro, ele será lançado de volta para a Terra com o objetivo de queimar, literalmente.
O objetivo é ter uma noção melhor de como as coisas queimam quando elas entram em contato com a atmosfera terrestre para, assim, construir satélites projetados para queimar completamente no final de suas vidas úteis. A previsão é de que demore cerca de seis meses para que o Qarman fique completamente destruído em nossa atmosfera.
Mandá-los de volta para queimarem de propósito pode até soar assustador, mas talvez seja a saída para um problema que ainda não tem solução. Para os cientistas, isso vai ajudar a reduzir a quantidade de lixo que orbita no espaço.
Segundo a ESA, mais de 130 milhões de objetos com mais de um milímetro estão circulando neste momento ao redor da Terra e, desse número, apenas 2 mil correspondem a satélites ativos.
Como é o satélite que vai morrer?
O Qarman é composto por quatro painéis cobertos por células solares projetados para acelerar a reentrada na Terra. O "nariz" dele é feito de um tipo especial de cortiça, normalmente usado em sistemas de proteção térmica em naves espaciais.
Testes mostraram que, quando a cortiça é aquecida, ela carboniza por partes e isso vai permitir os cientistas entendam como a queima acontece fisicamente.
Além disso, o satélite-cubo também foi equipado com vários sensores e câmeras para medir temperatura, pressão e fluxo de calor enquanto queima. Muitos deles foram colocados dentro de um compartimento mais resistente para sobreviver pelo maior tempo possível, já que os cientistas já sabem que não sobrará nada do Qarman.
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