"Fui eu que fiz": startup oferece o gostinho de você construir um gadget
Pedro Katchborian
Colaboração para Tilt
16/02/2020 04h00
Quem comprar a Alva, luminária da startup Protto, não vai poder ligá-la assim que o produto chegar. Primeiro, vai ter que pegar uma peça para fazer a conexão com o sensor e depois... Calma! Não é caso de procurar o Procon para reclamar de produto com defeito. A ideia é que exista o prazer por montar todo a luminária, em uma experiência que lembra a brincadeira com as peças de Lego, mas com uma pegada bem mais tecnológica.
"O legal é que cada pessoa pode montar dentro do seu tempo, de preferência por fases, assim dá para aproveitar mais a experiência", diz Gianpaolo Papaiz, fundador da startup.
A montagem é feita em seis fases: cognição, interface, elétrica, revisão, finalização e acabamento. Ao final, o usuário terá uma luminária com sensor que permite desligar e acender o aparelho com apenas um gesto; alarme luminoso; visor LCD que informa a data, hora, temperatura e umidade do ar; conexão com aplicativo próprio para comandar todas as funções.
Gianpaolo não se adaptou ao negócio da família — os cadeados Papaiz — e resolveu empreender. Após um contato com a robótica em uma Campus Party em São Paulo, começou a se interessar por tudo que envolvia a cultura maker, a ideia de que as pessoas podem produzir seus próprios objetos de uma forma colaborativa.
Após meses de mentoria e consultoria, Gianpaolo optou por criar em 2019 a Protto, que incentiva a montagem de produtos do cotidiano. Um dos principais desafios é explicar o que é a startup. "Não tem nenhum kit de eletrônica no mercado que se propõe a virar um produto do dia a dia", diz.
A Alva, que custa R$ 680, é o primeiro produto da Protto no mercado. Testes feitos por Gianpaolo ajudaram a definir o público-alvo. "Percebi que as pessoas montavam juntas. Pais e mães com filhos, namorados com namoradas. É um produto relacional", diz. A Alva é indicada para maiores de 14 anos, sendo que menores devem montar com a supervisão dos pais. A Protto também quer atingir curiosos pela cultura maker.
Para 2020, a Protto quer trabalhar em outros produtos e serviços, como oferecer a Alva para a utilização em escolas. "Quero criar uma plataforma de aprendizado onde é possível criar vários conteúdos em cima de um mesmo produto. Posso fazer uma aula ou um curso de programação e usar a luminária como exemplo", diz.
A Protto começou a vender o seu primeiro produto em dezembro de 2019 e ainda não tem dados fechados de faturamento. Gianpaolo tem como meta vender mil luminárias em 2020. O investimento inicial com desenvolvimento e consultoria foi de R$ 800 mil.
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