Robô que faz hambúrguer barateia nos EUA; ele vai tirar nossos empregos?
Ele frita nuggets de frango, não deixa queimar o hambúrguer, não fica doente e custa apenas US$ 3 por hora. O funcionário ideal de qualquer lanchonete é um robô que já está sendo usado na Califórnia (EUA) e ameaça roubar empregos dos trabalhadores das redes de fast-food. As informações são do Los Angeles Times.
Sim, o robô Flippy parece ser o tormento de qualquer sindicato de trabalhadores do setor de alimentação. Mas o setor passa por uma crise às avessas nos Estados Unidos. Como há ofertas abundantes de empregos, está cada vez mais difícil achar trabalhadores que se sujeitem a longas jornadas em frente a uma chapa quente ganhando pouco.
Em todo os EUA, há mais de 820 mil empregos na indústria de restaurantes sendo oferecidos. Além disso, um funcionário costuma ficar apenas três meses na função e logo consegue um trabalho melhor.
Mas em vez de aumentar os salários e dar mais condições de trabalho aos empregados humanos, as lanchonetes talvez vejam no Flippy, fabricado pela Miso Robotics, uma "alternativa". Ele possui sensores de temperatura, câmeras e braços mecânicos para trabalhar na cozinha de qualquer lanchonete.
Inicialmente, quando foi projetado, em 2016, o robô custava pouco mais de US$ 100 mil. Hoje, com a queda nos gastos com hardware, custa menos de US$ 10 mil e pode ser alugado por US$ 2.000, ou US$ 3 por hora.
A Miso já conseguiu mais de US$ 13 milhões em investimentos e, hoje, tenta um adicional de US$ 30 milhões para que o Flippy possa estar em mais cozinhas nos EUA.
Hoje, o robô trabalha no Dodger Stadium, casa do Los Angeles Dodgers, tradicional time de beisebol; e nas lanchonetes CaliBurger, uma empresa que tem participação da Miso e que serve como incubadora de projetos tecnológicos.
O Flippy não é o único projeto de robô para trabalhar em cozinhas de fast-foods. Existem inúmeros outros protótipos sendo testados mundo afora. Dois deles, o Jaco e o Baxter, estão sendo feitos na Universidade de Boston para preparar cachorros-quentes.
Calin Belta, professor de engenharia da universidade, e seu time de pesquisadores ensinaram, por meio de inteligência artificial, os dois robôs a prepararem o cachorro-quente ideal.
Eles usaram uma técnica chamada de aprendizado por reforço. Quando um computador conclui uma tarefa corretamente, recebe uma recompensa que orienta seu processo de aprendizado. Quando o robô melhora a execução de uma etapa, sua recompensa aumenta. Isso cria um mecanismo de resposta que leva o robô a aprender a melhor maneira de, por exemplo, colocar uma salsicha em um pão.
Ao contrário do Flippy, a ideia dos pesquisadores de Boston não é a de colocar os dois robôs no mercado para fazer cachorros-quentes, mas de entender melhor como funciona o aprendizado de máquinas. Até porque Jaco e Baxter são lentos e ainda não sabem colocar ketchup e mostarda no pão.
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