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Anel inteligente é o novo aliado dos EUA para medir febre no coronavírus

Anel inteligente da startup Oura - Divulgação
Anel inteligente da startup Oura Imagem: Divulgação

Felipe Oliveira

Colaboração para Tilt

25/03/2020 04h00

Sem tempo, irmão

  • Dois mil médicos usarão anéis inteligentes em hospitais de San Francisco (EUA)
  • Tecnologia mede temperatura corporal e pode antecipar descoberta de infecção pelo covid
  • Dados coletados serão usados para desenvolver algoritmo que detectará doença

A inovação tem sido uma aliada importante no combate ao novo coronavírus no mundo. De acordo com o jornal The San Francisco Chronicle, 2.000 médicos da emergência de dois hospitais de San Francisco usarão anéis inteligentes capazes de rastrear a temperatura corporal e outros sinais vitais que possibilitam detectar sinais da Covid-19 mais cedo.

O equipamento será usado pelas equipes do UCSF Medical Center e do Zuckerberg San Francisco General Hospital e irá ajudar os médicos em atividade na pandemia a perceberem que podem estar doentes antes de sentirem os sintomas.

Os anéis foram desenvolvidos pela startup de tecnologia Oura. Além da temperatura, o recurso é capaz de monitorar o sono e a frequência cardíaca.

Em entrevista ao site Business Insider, Ashley Mason, médica da UCSF que lidera o projeto, afirmou que o objetivo do programa é duplo:

  • Ajudar os profissionais a saber quando estão doentes e precisam ficar em casa para evitar a propagação da doença, mesmo que não seja a Covid-19
  • Alongo prazo, coletar dados suficientes para desenvolver um algoritmo que faça a detecção precoce da doença causada pelo novo coronavírus

Além dos médicos que usarão o equipamento, a Oura tem pedido para os seus cerca de 150 mil clientes que forneçam dados médicos pessoais para ajudar os pesquisadores a desenvolver o algoritmo.

O anel inteligente custa US$ 300 (R$ 1.530 na cotação atual) e é comercializado normalmente como um dispositivo fitness que monitora o sono das pessoas, as atividades realizadas, a frequência cardíaca em repouso, a temperatura corporal, entre outros.

Tecnologia no combate

Seguindo os passos da Coreia do Sul e Taiwan, que usaram o cruzamento de dados para descobrir possíveis casos de pessoas infectadas e realizar os testes para controlar a epidemia, os EUA também vão no mesmo caminho.

Logo após declarar estado de emergência e injetar US$ 50 bilhões no combate à doença, o presidente Donald Trump anunciou que 1.700 engenheiros estavam trabalhando em um projeto do Google para rastrear americanos com o novo coronavírus.

A ferramenta faz uma espécie de triagem online e indica que as pessoas se dirijam ou não a postos para realizar os testes que confirmam a infecção da doença.

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