Base na Lua pode ser construída usando xixi de astronautas
A Nasa prepara para 2024 a próxima expedição tripulada à Lua: a primeira mulher e o próximo homem chegarão ao satélite terrestre com o desafio de achar e usar água por lá. E, ao menos no começo, o jeito deve ser usar a própria urina dos astronautas.
De acordo com a CNN, parte do programa Artemis, da Nasa, visa aprender como viver e operar na superfície de outro corpo celestial. Como não é só chegar e montar acampamento, eles terão que construir uma instalação usando o que tiverem disponível por lá —e este lá é um ambiente que vai de - 22º C a - 191º C, com impactos de micrometeoritos.
O começo do problema é que transportar materiais para a Lua é caríssimo. São US$ 20 mil (em torno de R$ 100 mil) por quilo, aproximadamente. Este é o motivo para todo o material pensado para as missões serem tão leves.
Então, a chave do sucesso para a Artemis ser uma missão sustentável, que permita que os seres humanos fiquem na Lua permanentemente, é dar conta do necessário com o que eles já têm e o que se acha por lá.
Um dos novos estudos propõe usar a ureia, um dos componentes da urina. Ela seria misturada a uma espécie de poeira lunar e os cientistas acreditam que ela poderia se transformar em um tipo de concreto. O material seria usado em impressoras 3D para construir uma habitação para os astronautas.
"Para fazer esse concreto que seria usado na lua, a ideia é usar o que há por lá: essa poeira lunar e água do gelo presente em algumas áreas", afirmou Ramón Pamies, professor da Universidade de Cartagena.
Como os pesquisadores preferem limitar o uso de água para que seja usada para outros fins, o jeito seria usar sobras.
"Com nosso estudo, vimos que uma sobra, como a urina de quem ocupar a base lunar, poderia ser usada. Os dois componentes deste fluído corporal são água e ureia, uma molécula, que permite as ligações do hidrogênio serem quebradas e, assim, reduzem a viscosidade das misturas aquosas", acrescentou Pamies. A ideia é que a ureia seja um elemento tipo o plástico no concreto, amolecendo a mistura, que ficaria mais eficiente antes do concreto endurecer.
Os testes feitos até aqui usaram elementos terrestres, foram levados a impressoras 3D com sucesso e suportaram peso, da maneira como era esperado. Também passaram por congelamentos e suportaram as temperaturas mínimas que teriam na Lua.
O passo adicional é investigar como os astronautas separariam a ureia da urina, para que a ideia se mostre 100% viável no satélite terrestre.
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