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Pandemia fez ciberataques em dispositivos móveis crescerem 124% em março

Criminosos tem se aproveitado de ansiedade da população em meio a pandemia e da adesão massiva ao home office para fazer ataques - Getty Images
Criminosos tem se aproveitado de ansiedade da população em meio a pandemia e da adesão massiva ao home office para fazer ataques Imagem: Getty Images

De Tilt, em São Paulo

07/04/2020 08h24Atualizada em 07/04/2020 11h06

Os ataques phishing contra dispositivos móveis no Brasil tiveram um aumento de 124% no mês de março quando comparado a fevereiro, segundo a empresa de cibersegurança russa Kaspersky.

Phishing são tipos de ataques em que os cibercriminosos utilizam de e-mails, mensagens e sites falsos para enganar as pessoas e fazer com que elas forneçam seus dados, como CPF (Cadastro de Pessoa Física) e número de cartão de crédito, para fins maliciosos.

Fabio Assolini, analista sênior de segurança da Kaspersky no Brasil, diz que esse aumento está diretamente relacionado ao grande número de mensagens de golpistas que chegam via WhatsApp.

"No mesmo dia que o governo anunciou o auxílio emergencial, vimos mensagens maliciosas circulando no app de mensagem. Eles [os golpistas] se aproveitam da ansiedade da população", diz Assolini.

Outro ponto que o analista destaca é a rápida e massiva adoção do trabalho remoto nas empresas, também conhecido como home office. Para ele, isso é um risco para a segurança das corporações.

"Além das consequências diretas à vítima, um incidente pode colocar toda a infraestrutura de uma empresa em risco, caso o dispositivo esteja ligado à rede corporativa - algo que é extremamente comum neste momento de pandemia e restrição domiciliar", diz.

Ataques do tipo malware, como os conhecidos cavalos de Troia, tiveram um aumento de 18,5% em dispositivos móveis entre fevereiro e março de 2020. Já os phishing em desktops subiram 13,2% no mesmo período.