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De robô a exame remoto, Israel inova na luta contra o coronavírus

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Imagem: iStock

Alon Lavi*

Especial para Tilt

19/04/2020 12h37

Ao longo de sua história, Israel dependeu de seu avanço tecnológico inúmeras vezes para se defender e driblar a escassez de recursos. Atualmente, o país é líder em reúso de água e em segurança cibernética, por exemplo. E, nesta nova crise da pandemia de coronavírus que estamos vivendo, não seria diferente. Israel adaptou tecnologias e criou novas plataformas para combater este mal.

Na área da saúde, plataformas de monitoramento remoto estão sendo amplamente utilizadas. A Sweetch é uma plataforma móvel que permite às equipes médicas monitorar, acompanhar, gerenciar e otimizar remotamente a intervenção em pacientes que testaram positivo para covid-19 com doenças crônicas.

Já a TytoCare foi implantada em enfermarias de quarentena nos maiores hospitais de Israel. O exame médico remoto permite examinar pulmão, coração, temperatura e outros exames sem contato físico, protegendo a equipe médica e os pacientes.

Para fazer a triagem em tempo real de indivíduos sintomáticos, a VocalZoom usa tecnologia de sensores a laser, que permite escanear a pele para detecção de sinais vitais médicos, possibilitando uma análise de forma não invasiva e rápida de possíveis sintomas de covid-19 em hospitais e também em grandes centros de transportes, como aeroportos e terminais de ônibus e trens.

Já na tentativa de monitorar o comportamento da sociedade durante a epidemia, Israel criou a Neura, plataforma que permite que governos e organizações de saúde monitorem e controlem a disseminação do covid-19 aplicando a detecção móvel de cadeias de infecção, possibilitando o controle de quarentena, melhorando a adesão da população às diretrizes do governo e aumentando o distanciamento social.

Há também uma bela iniciativa de um robô que auxilia os idosos durante o isolamento. Estes que são os mais vulneráveis e que causam mais preocupação neste momento. O ElliQ é um robô social amigável e testado em campo para idosos e outras pessoas isoladas, abordando-os de forma proativa para reduzir a solidão, promover o bem-estar, ensinar coisas novas e ajudar com a rotina.

Já a Freightos.com ajuda a manter o comércio global em movimento com uma plataforma de frete online, que auxilia importadores e fabricantes de todos os tamanhos a manter remotamente importações e exportações globais, apesar das rápidas mudanças na cadeia de suprimentos causadas pelo coronavírus.

Existem, ainda, plataformas de inteligência artificial voltadas para o atendimento personalizado. A MagniLearn, por exemplo, permite o ensino à distância durante a suspensão das aulas na escola ensinando inglês online e usando processamento de linguagem natural e inteligência computacional para adaptar dinamicamente as instruções para cada aluno, de acordo com a capacidade.

E, para quem está sentindo falta do professor da academia para manter a rotina de exercícios físicos, existe a Kemtai, plataforma de exercícios em casa que oferece um personal trainer virtual que pode realmente ver o aluno e fornecer feedback em tempo real. Ela utiliza visão computacional avançada para rotinas aprimoradas de exercícios que acompanham o movimento e o progresso, podendo também ser compartilhadas online com amigos.

Em diversas áreas e dimensões que esta terrível crise já abrangeu e ainda abrangerá, podemos nos apoiar na inovação para superá-la de forma mais eficiente. Israel, assim como faz em outras áreas, está aberto a compartilhar sua tecnologia e sua experiência com o Brasil e com os demais países. Precisamos trabalhar juntos, ter otimismo e agradecer o fato de estarmos no século 21 durante esta crise, o que nos dá muito mais ferramentas para enfrentá-la.

* Alon Lavi é Cônsul Geral de Israel