Há três anos, Bill Gates alertava Donald Trump sobre riscos de uma pandemia
Sem tempo, irmão
- Fundador da Microsoft avisou Trump da possibilidade de uma pandemia no fim de 2016
- Gates previa desde 2015 o impacto negativo de uma doença como covid-19
- Os Estados Unidos são o país com mais casos e mortes por conta do coronavírus
A pandemia do coronavírus pegou o mundo de surpresa — ou quase isso. Na verdade, Bill Gates já sabia do risco de uma doença infecciosa causar grandes problemas para os Estados Unidos, e chegou a fazer um alerta ao presidente Donald Trump ainda em dezembro de 2016.
Segundo informações divulgadas pelo Wall Street Journal, o fundador da Microsoft falou sobre o risco de uma pandemia em uma reunião na Trump Tower pouco antes de o empresário assumir oficialmente a presidência.
Para Gates, era fundamental que o presidente priorizasse esforços para preparar os EUA para uma doença infecciosa —conselho que ele também deu para Hillary Clinton, que também estava na disputa da presidência daquele ano.
Vendo o rumo que a pandemia do coronavírus tomou, o empresário assume que "gostaria de ter feito mais para chamar a atenção para o perigo". Agora ele está correndo atrás do prejuízo e já tem até um plano de como superar essa crise de saúde, aumentando urgentemente a escala de testes e desenvolvendo um medicamento a médio prazo.
A vacina seria feita a longo prazo — sendo "muito provável" que bilhões de pessoas sejam vacinadas em até dois anos, acredita o empresário.
Bill Gates sempre soube
Não é novidade que Gates previa que uma pandemia pudesse causar sérios riscos para a saúde pública global, alerta feito por ele em um TED Talk de 2015.
"Se alguma coisa matar mais de 10 milhões de pessoas nas próximas décadas, é mais provável que seja um vírus altamente infeccioso do que uma guerra. Não mísseis, mas micróbios", disse o empresário na ocasião.
Ele ainda fez a crítica de que os países gastaram quantias enormes de dinheiro para evitar a guerra nuclear, mas quase nada em sistemas para parar epidemias.
O alerta se mostra ainda mais importante agora que os Estados Unidos se tornaram o epicentro da doença, com mais de 79 mil mortes segundo atualizações do CDC (Centro para o Controle e Prevenção de Doenças, na sigla em inglês) do dia 11 de maio.
Os casos confirmados da doença no país já ultrapassaram a marca de um milhão e a taxa de letalidade no país é de 6%.
A boa notícia é que já é possível notar uma melhora, já que o pico de novos casos da doença foi registrado no dia 5 de abril, quando os EUA confirmaram 63.455 novos infectados pela covid-19.
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