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Robô vira terceiro braço no corpo, e pesquisadores usam para dar porrada

Thiago Varella

Colaboração para Tilt

14/06/2020 04h00

Em algum momento da sua vida, você já deve ter desejado um braço e uma mão a mais. Sabe na volta do mercado, com um monte de sacolas para tirar do carro, filho pequeno para segurar sua mão e ainda você precisando abrir a porta de casa? Então... Pois pesquisadores da Universidade de Sherbrooke, no Canadá, podem ter resolvido esse problema. Eles criaram um braço robótico para ser usado por humanos.

Chamada de braço robótico supernumerário, a invenção faz com que a pessoa que a vista na cintura tenha um braço extra no corpo com destreza para colher frutas, por exemplo. Mas para testes, ele foi usado para várias outras atividades que exigem braços e mãos, como usar a raquete para um jogo de badminton, pintar parede ou até dar socos para destruir paredes (?), como mostra um vídeo de demonstração do robô.

O braço é controlado por um sistema hidráulico conectado ao usuário por meio de um cabo. O único problema é que quem está vestindo o braço não o controla. É preciso uma outra pessoa para determinar o que o robô irá fazer.

Mas os pesquisadores já estão estudando maneiras de instalar sensores ou usar inteligência artificial para que o usuário consiga controlar o braço, ou até mesmo que a invenção aprenda a realizar tarefas de modo independente.

"Se queremos que o braço robótico seja multifuncional, é necessário que haja alguma inteligência artificial ou controlador inteligente para detectar o que o humano deseja fazer e como o braço pode ser complementar ao usuário (e agir como um colega de trabalho). Então há muitas coisas para explorar nesse vasto campo", disse Catherine Véronneau, pesquisadora-líder da Universidade de Sherbrooke, ao site IEEE Spectrum.

Segundo a reportagem, o braço robótico pesa pouco mais de 4 kg, ou seja, o peso de um braço humano, e consegue levantar até 5 kg.

O braço robótico possui garras magneto-reológicas que conseguem reagir rapidamente e podem ser removidas a tempo de não machucar um humano.