Por melhores condições, entregadores protestam em SP, RJ e outros estados
Para dar visibilidade à greve dos entregadores de aplicativos de delivery, vários profissionais protestaram nas ruas de diversas cidades do país nesta quarta-feira (1º). O movimento, chamado de "Breque dos Apps", tem como objetivo exigir melhores condições de trabalho para os que atuam para plataformas como iFood, Rappi, Uber Eats e Loggi.
Muitos trabalhadores da categoria, que cresceu durante a pandemia de covid-19, paralisaram as atividades e realizaram atos em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, São Luiz, Brasília, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, Salvador, Teresina e Maceió, assim como em outras cidades populosas como Campinas. A previsão de alguns líderes é de que o movimento chegue a outros países.
Além da paralisação, entregadores pedem para que usuários não peçam nada ao longo da quarta-feira, em apoio ao movimento. Circulam nas redes sociais "manuais" sobre como os usuários podem ajudar o movimento: em resumo, eles pedem que as pessoas cozinhem em casa e postem mensagens com as hashtags #BrequeDosAPPs e #ApoioBrequeDosApps.
São Paulo
Em São Paulo os atos começaram logo pela manhã, com entregadores passando por locais importantes da cidade, como Consolação, Marginais Pinheiros e Tietê, Avenida dos Bandeirantes, região do Morumbi e Avenida Paulista, onde um protesto ocorre em frente ao Masp às 14h.
Em Campinas, os manifestantes passaram pela Torre do Castelo, no Jardim Chapadão, e contaram com a participação de alunos e professores da Unicamp. Há relatos de protestos dos entregadores também em Ribeirão Preto, Sorocaba, Santo André e Santos.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, os protestos começaram pela manhã, no centro da cidade. Em seguida, os entregadores foram até a Zona Sul, parando em alguns bairros, como Botafogo. Parte dos manifestantes seguravam cartazes com os dizeres: "nossas vidas valem mais que o lucro deles!".
Pernambuco
Em Recife, as manifestações começaram por volta das 9h, com participação de centenas de entregadores. O ato começou na avenida Governador Agamenon Magalhães, em frente ao Hospital Português, e foi até a Zona Sul da cidade.
Minas Gerais
Em Belo Horizonte, os manifestantes foram de motocicleta até a porta da Assembleia Legislativa do Estado pela manhã.
Bahia
Os manifestantes passaram de moto e bicicleta por locais de Salvador como a avenidas Antônio Carlos Magalhães e Tancredo Neves, e os bairros de Itagaira, Vila Hortência, Bela Vista e Barra.
Distrito Federal
Em Brasília, os protestos começaram por volta das 11h30 e passaram por diversas avenidas da capital. Em seguida o grupo se dirigiu para o Congresso Nacional.
Veja uma lista de locais em que as manifestações estão em andamento, segundo relatos nas redes sociais.
- São Paulo
- Campinas (SP)
- Santo André (SP)
- Ribeirão Preto (SP)
- Rio de Janeiro
- Recife
- Salvador
- Maceió
- Fortaleza
- Teresina
- Brasília
- Belo Horizonte
Breque dos Apps
Parte dos entregadores de delivery está realizando nesta quarta (1) uma paralisação nacional com exigências a apps como iFood, Rappi, Uber Eats e Loggi, em um novo desafio à chamada "economia de bico" no Brasil.
A principal reclamação é sobre a precariedade do trabalho, que muitas vezes envolve trabalhar muito e ganhar pouco. A paralisação ocorre em meio a uma votação na Câmara de São Paulo que pode exigir placa vermelha para entregadores de apps.
Associações como a Amabr (Associação dos Motofretistas de Aplicativos e Autônomos do Brasil) dizem que a nova lei dará mais segurança aos entregadores, enquanto críticos apontam que vai burocratizar o setor e excluir os profissionais. A votação está na pauta da sessão desta semana, após dois adiamentos.
Entre as exigências estão reajustes do valor recebido por entrega —que atualmente varia entre R$ 4,50 e R$ 7,50, segundo os entregadores—, reajuste anual para o serviço, tabela de preços construída entre entregadores e aplicativos, entrega de EPIs, apoio contra acidentes e uma avaliação com relação aos programas de classificação dos entregadores, usados por alguns apps.
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