Qual a origem da Lua? Quantidade de metal do satélite pode trazer resposta
Sem tempo, irmão
- Lua tem mais metais do que eles estudos anteriores constataram
- Até hoje cientistas acreditam que Lua se formou como resultado de uma colisão
- Parte do nosso planeta teria se desprendido dando origem ao satélite
- Se a Lua tivesse se desprendido da Terra, seria relativamente pobre em metais
Cientistas descobriram que a Lua tem mais metais do que estudos anteriores constataram ao longo dos anos. A descoberta de depósitos de metal nas crateras lunares pode colocar em xeque as hipóteses mais aceitas sobre como o nosso satélite natural se formou.
Os resultados das análises de dados sobre o tema coletados pelo Mini-RF (radiofrequência em miniatura, em inglês), instrumento a bordo da espaçonave LRO (sigla em inglês para Orbitador de Reconhecimento Lunar) da Nasa, e foram publicadas na quarta-feira (1º) na "Earth and Planetary Science Letters".
Por que é tão importante comparar as duas superfícies? A resposta está na hipótese mais aceita sobre a formação do satélite natural. Até hoje cientistas acreditam que a Lua se formou como resultado de uma colisão entre um protoplaneta do tamanho de Marte e a jovem Terra. Parte do nosso planeta teria se desprendido, dando origem ao satélite.
Por isso, a composição química da Lua se assemelha à da Terra —embora a crosta do nosso planeta possua menos óxido de ferro do que a Lua, algo que os cientistas têm tentado explicar por algum tempo.
A quantidade de metal que a Lua retém em comparação com a Terra é uma das principais pistas que os astrônomos têm para tentar descobrir como nosso satélite se formou.
No entanto, o fato de a nova pesquisa mostrar que há mais material metálico acumulado logo abaixo da superfície lunar torna essa hipótese sem sentido. Afinal, se a Lua tivesse se desprendido da crosta terrestre ela seria também relativamente pobre em metais.
Essa discrepância intrigou os cientistas, levando a inúmeras perguntas e hipóteses sobre o quanto o protoplaneta pode ter contribuído para essas diferenças.
"Este empolgante resultado mostra que, mesmo após 11 anos de operação na Lua, ainda estamos fazendo novas descobertas sobre a história antiga de nosso vizinho mais próximo", disse Noah Petro, cientista do projeto LRO no Centro de Vôo Espacial Goddard da Nasa.
Segundo ele, os dados valiosos lançam luz sobre o que estava acontecendo lá em cima há mais de 4,5 bilhões de anos.
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